sábado, 11 de julho de 2009

As Birras dos Filhos



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O psicoterapeuta Vasco Catarino Soares dá algumas pistas sobre como superar as birras quando estas já estão em fase mais avançada.
Começar cedo a criar hábitos é a primeira etapa para evitar as teimas frequentes.
A disciplina é importante, desde que aplicada com justiça e tendo em conta a fase de desen-volvimento da criança.
No entanto, as regras só fazem sentido quando a relação é marcada pela afectividade.
Amar, brincar e valorizar são as três premissas que todos os pais devem utilizar na sua relação com os filhos.
E chantagear ou ameaçar a criança é o comportamento a evitar.
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1.º passo Primeiro é preciso tempo. A criança precisa do confronto com o adulto para conhecer os seus limites e saber lidar com a frustração de não ter tudo aquilo que quer. E estas duas aquisições (resultantes das birras e do modo como são geridas) vão ser muito importantes para o seu desenvolvimento pessoal.
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2.º passo É preciso fazer uma selecção das birras. A criança deve poder ganhar pequenas batalhas, como, por exemplo, escolher o livro que os pais lhe vão ler antes de ir para a cama ou comer uma banana em vez de morangos. Os educadores podem aceitar esse tipo de recusas ao mesmo tempo que procuram estimular a criança a argumentar sobre as razões da discórdia. Em contrapartida, há que ser firme face a tudo o que a ponha em perigo (andar de carro sem cadeirinha, mexer na gaveta dos talheres), que a prejudique (deitar-se tarde, comer demasiados doces ou usar sandálias no Inverno), e que a faça sentir-se a dona dos pais e da casa (dar pontapés à mãe durante a birra, exigir brinquedos, etc.).
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3.º passo Não entrar em grandes explicações morais sobre a razão por que a criança não pode fazer o que quer, nem apelar aos seus sentimentos. Recorrer à frases como "olha que a mãe fica triste? só enerva mais a criança e dá-lhe mais espaço para aumentar a birra. O sentimento de culpa (sem razão) não desarma a génese do capricho e prejudica a formação do amor-próprio.
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4.º passo Não ceder a meio de uma birra. Se os pais concluem que não devem fazer a vontade, não devem desistir, mas nunca confundir rigidez com agressividade. Os educadores podem até concluir mais tarde que deviam ter cedido, mas têm a possibilidade de o fazer numa próxima ocasião. Alterar as regras a meio da birra provoca uma grande ambivalência e dificulta à criança a apreensão das regras e dos limites.
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5.º passo É igualmente importante demonstrar à criança que pode chorar (até faz bem), queixar-se e procurar consolo no seu colo ou com a ajuda de algum objecto de conforto. É fundamental que os adultos ajudem as crianças a acalmar--se. Não usar o choro para as diminuir: "És um mariquinhas" ou "olha o bebé chorão" são comentários desnecessários, que humilham o seu filho. O que se pretende é que a criança vá deixando de fazer birras. Com tempo e persistência, obtêm-se resultados.
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6.º passo Depois de os ânimos serenarem, a criança deve ser valorizada por ter conseguido acalmar-se sem o seu desejo ter sido satisfeito.
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7.º passo Nas birras em contexto escolar é fundamental que pais e educadores estejam de acordo. Em caso algum devem entrar em desacordo em frente da criança, pois esta vai tirar partido destas diferenças. Em situações extremas, em que os pais tenham a sensação de que já não controlam a situação, não hesitar em procurar apoio profissional.
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(fonte i online aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/12764-sete-etapas-derrotar-as-birras-do-seu-filho )

E a palmada, é ou não uma hipótese a considerar?

Veja as respostas dos especialistas aqui.

Filhos, tê-los ou não tê-los ? Porque não, aqui.

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