sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Adeus, filha!




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Hoje, duas notícias sobre jovens filhas:
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Jaycee Lee Dugard viveu em cativeiro desde os onze anos

"Jaycee Lee Dugard, a jovem que reapareceu em El Dorado, na Califórnia, 18 anos depois de ter sido raptada com apenas onze anos, teve dois filhos do seu alegado raptor, o primeiro quando tinha 14 anos. Os suspeitos responsáveis pelo seu cativeiro, Phillip Garrido, de 58 anos, e a sua mulher, Nancy Garrido, de 54, estão detidos.Ontem soube-se que a jovem tinha aparecido numa esquadra da polícia e que estavam a ser realizados testes de ADN. O reencontro com a mãe já aconteceu."

(ver notícia completa em Público aqui e aqui e no i online aqui http://www.ionline.pt/conteudo/20369-americana-sequestrada-ha-18-anos-reencontrou-mae---video e aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/20448--e-uma-historia-comovente-diz-raptor-jaycee-dee-dugard e aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/20465-jaycee-dugard-presa-18-anos-no-jardim-um-fanatico)

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Adolescente que queria dar a volta ao mundo foi retirada aos pais

"O tribunal de menores de Utrech decidiu hoje que Laura Dekker deve ser retirada aos pais e proibiu a adolescente de dar a volta ao mundo de barco, sozinha.
A rapariga de treze anos queria bater o recorde da pessoa mais jovem a dar a volta ao mundo de barco. Pretendia sair da Holanda a 1 de Setembro, dia em que completa 14 anos, e sempre contou com o apoio dos pais para "realizar o sonho".
O caso tem gerado grande polémica na Holanda, pela idade da menor e pela autorização concedida pelos pais. Esta manhã, o tribunal decretou a entrega da adolescente de 13 anos a uma tutela provisória e decidiu abrir um inquérito sobre o caso."

(ver notícia completa no i online aqui: http://www.ionline.pt/conteudo/20376-adolescente-que-queria-dar-volta-ao-mundo-foi-retirada-aos-pais e no Público aqui: http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1398130&idCanal=11 )

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Adeus, filha.
Vemo-nos em 2, 18 anos... ou nunca mais?

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É mais fácil ter filhos homens?!

Estes casos dão-nos muito que pensar...

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in Fidelidade

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Permanecer fiel é amar verdadeiramente
por Francesco Alberoni


Uma emoção, para durar, também exige alguma vontade.
São os pactos de fidelidade que se fazem por tempo indeterminado.


Os casais modernos têm por base o enamoramento, que é exclusivo. A pessoa que amamos é a única que desejamos e nós somos os únicos que ela deseja. É por isso que os apaixonados são espontaneamente fiéis. Contudo, para poder durar, o amor exige uma intervenção da vontade. Os cônjuges e amantes fazem um pacto de fidelidade que os vincula por tempo indeterminado. É por isso que a fidelidade tem dois lados: um, espontâneo, que tem por base o desejo; o outro, assente no acordo, na instituição. Todas as religiões - cristã, judaica, islâmica - atribuem um peso preponderante ao pacto, à instituição.
A fidelidade pratica-se como qualquer outro imperativo moral.
Mesmo que muitos filósofos, como Rousseau, De Rougemont e Fromm desconfiem do amor e defendam que a relação de um casal deve basear--se mais na vontade do que no sentimento.Esta tese, se levada ao extremo, exclui o amor e concebe a fidelidade como pura obrigação. Assumiste o compromisso de seres fiel, que deves respeitar sempre e em qualquer circunstância. Evitarás as pessoas que possam influen- ciar-te negativamente. Não frequentarás ambientes promíscuos. Não te aproximarás de homens ou mulheres que te agradem e que possas desejar. Sufocarás à nascença os teus impulsos eróticos até ficares indiferente aos estímulos, até que os outros te sintam frio e distante. São em menor número aqueles que deram importância à fidelidade espontânea que nasce de um amor apaixonado. E, contudo, ela existe.Basta pensar no testemunho desta mulher: "Desde que te amo, sou feliz, o meu corpo renasceu, sinto novas emoções, prazeres nunca antes imaginados. É por isso que não quero esgotar nem estragar as magníficas sensações que me fazes sentir. Bastaria o simples contacto com outro homem para lhes contaminar irreparavelmente a pureza e a perfeição. Como uma gota de veneno que polui um jarro de água puríssima, como comer a maçã da árvore maldita no paraíso terreal."Na realidade, todos os homens e todas as mulheres possuem a capacidade de vivenciar uma intimidade amorosa que proporciona grande prazer e que precisa da fidelidade. Uma fidelidade desejada e procurada, que dá felicidade e que se torna hábito, sem qualquer esforço nem renúncia. É claro que é difícil de alcançar, mas é mais adequada ao nosso tempo do que a concebida como pura obrigação e imposição.



Pense com o coração com Alberoni às terças no i online: http://www.ionline.pt/conteudo/9865-permanecer-fiel-e-amar-verdadeiramente )



E quando a traição acontece?
Aqui está uma maneira original de lidar com a situação:


(mais em: http://www.ionline.pt/conteudo/20432-trai-minha-mulher-este-e-o-meu-castigo---video-)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

De Olhos bem Abertos

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"Ponha a mão na cara.
Tape um olho e diga-me o que vê.
Melhor, como vê.
Nota alguma diferença ?
Pois é assim uma empresa que não tem mulheres nos cargos directivos."
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diz a professora espanhola Nuria Chinchilla
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(em 'Mulheres no Topo' de Luísa Meireles na revista Única)

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Esta é uma maneira fantástica de nos mostrar que o olhar masculino e o olhar feminino são complementares.
Não competem nem se excluem.
O mesmo se passa dentro de casa, com cada casal.
E quando o assunto é dinheiro, dois olhares diferentes não só vêem melhor do que um, como devem olhar em parceria, ainda que não na mesma direcção.
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Gustavo Cerbasi, no seu livro "Casais Inteligentes Enriquecem Juntos", apresenta valiosos argumentos para acabar com o preconceito ou a divisão de poder entre os casais baseada no "quem ganha mais" -ou no meu olho vê melhor que o teu!
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Por exemplo: "Como se pode ultrapassar o problema de um dos membros do casal ter um rendimento muito superior ao outro?

A sociedade actual ainda não aprendeu a lidar com a emancipação económica feminina. No passado, o homem era o provedor do lar. Com a conquista da igualdade económica entre homens e mulheres, elas conquistaram também liberdade e independência. Infelizmente, em razão disso criou-se um sentimento equivocado de que cada um deve cuidar do seu dinheiro, pagar as suas contas ou contribuir com a divisão das despesas do lar. No longo prazo isso não funciona, pois um fará poupança e o outro não, um terá mais liberdade de escolhas e ou outro não terá opções, um terá uma vida financeira tranquila e o outro viverá sob pressão. Um rico e um pobre não conviverão bem debaixo do mesmo tecto. Para evitar esse problema, é preciso resgatar a noção de família. Não importa quanto cada um ganha - a família tem um rendimento equivalente à soma do rendimento dos dois. Gastos, todos eles, devem ser decididos a dois e pagos com o dinheiro da família. Liberdade e independência? Simples: o casal deve estabelecer uma verba para gastos pessoais, uma mesada, e dividi--la meio a meio, para cada um gastar como bem entender, mantendo o mesmo padrão de consumo para os dois. Se parece injusto para alguns, passa a fazer sentido quando ela pensa em interromper a carreira para cuidar de um bebé, ou quando ele perde o emprego. Numa família, ambos devem batalhar juntos para o sucesso financeiro do casal, mesmo que isso signifique apenas um dos dois trabalhar para manter a família.
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Como se pode combinar dois perfis muito diferentes, por exemplo, um investidor agressivo com um gastador conservador?

O primeiro passo é reconhecer os perfis de cada um e identificar os pontos fortes e pontos fracos. O segundo passo é cultivar uma conversa franca que permita valorizar os pontos fortes e limitar os pontos fracos. Se gastar é da natureza de quem amamos, devemos estipular uma verba para garantir esse hábito que proporciona felicidade quotidiana. O mesmo vale para investimentos. Um erro grave é tentar mudar a natureza humana, tentando converter um gastador em investidor, ou vice-versa. Em geral, apaixonamo-nos justamente por características de comportamento que completam o que falta em nós mesmos. Para manter um relacionamento equilibrado, as vontades e manias também se devem equilibrar, com concessões de ambos os lados."
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(veja a entrevista completa na matéria de David Almas no ionline aqui:
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Voltando ao princípio, um casal inteligente sabe que são precisos "dois" olhos para se dar uma sedutora piscadela de vez em quando...
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