sábado, 5 de outubro de 2013

Renascemos




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terça-feira, 30 de abril de 2013

Para ser enganado, preencha este cupom com seus dados:

. Rosana Braga
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Que cupom?!? Como assim?!? Por que eu quereria ser enganado?!?
Tomara que você tenha se feito perguntas parecidas com essas ao ler o título deste artigo. Afinal, será mesmo que alguém, em sã consciência, gostaria de ser enganado? Parto do princípio de que não!
A grande maioria de nós inicia relações, sejam de parceria profissional, amizade, namoro ou sob qualquer outro nome, desejando que a base delas seja – entre outros predicados – a sinceridade! Aliás, um dos adjetivos que mais valorizamos numa pessoa é justamente a sua capacidade de dizer a verdade!
No entanto, haveremos de descobrir, ao longo de inúmeras experiências que vivermos, que a mente mente! Ou seja, nosso complexo e ainda misterioso cérebro (um emaranhado de consciência e inconsciência) cria mecanismos de defesa ou estratégias de ataque que podem ser, antes de mais nada, perigosas e eficientes armadilhas. Uma delas – e mais comum do que imaginamos – é uma espécie de pedido para sermos enganados.
Pedimos?!? Sim, pedimos, mesmo sem termos a menor noção de que estamos fazendo isso. Na ânsia de amenizar certos sentimentos (solidão, baixa auto-estima, carência...) ou experimentar certas sensações (aceitação, acolhimento, segurança...), criamos uma realidade que, na verdade, não existe!
Projetamos em alguém ou numa situação aquilo que gostaríamos de viver e sentir, e julgamos – ingênua e equivocadamente – que nosso desejo se tornou real e a vida nos presenteou com a chance de, finalmente, sermos felizes.
É a armadilha da idealização: passamos a viver uma história “ideal”, criada e alimentada por aqueles sentimentos e sensações que citei antes, do jeitinho que sempre desejamos que ela fosse; e embebedados por nós mesmos, nos recusamos a enxergar a história como ela realmente é. Nossa mente passa a perceber, sentir e concluir não a partir do que está acontecendo de verdade, mas a partir de uma projeção deste ideal, ou seja, de uma ilusão...
Dependendo do quanto os envolvidos nessa nossa ilusão também a alimenta, e também dependendo do tempo que demoramos a “cair na real”, os estragos podem ser grandes. Aqui cabe muito bem o ditado “quanto mais alto, maior o tombo”.
Como não preencher o cupom? Como não idealizar? Como não se enganar ou não permitir que alguém o engane? Bem... tudo começa na coragem. Todos nós podemos ser corajosos, mesmo quando estamos com medo. Coragem não é a ausência do medo e sim o reconhecimento de nossa capacidade de superação.
Claro que não é fácil lidar com solidão, carência, baixa auto-estima, insegurança, entre outros sentimentos que nos colocam frente a frente com nossas limitações, mas com dedicação e persistência, podemos aprender... e temos a vida toda para isso, embora seja prudente começarmos o quanto antes!
No mais, se você está com a sensação de ter se enganado ou de ter sido enganado mais vezes do que gostaria, perceba os sinais. Se a sua voz interior (ou intuição) lhe disser, em alguns momentos, para você ir com calma, vá com calma! Se as pessoas que amam você lhe alertarem para as improbabilidades desta situação, mantenha-se alerta! Se a situação vivida lhe parecer “a cura que caiu do céu”, que vai lhe salvar de todas as suas angústias, questione-se: será que você não está fugindo de si mesmo? Será que não está evitando ter de enfrentar suas dores, preferindo um atalho que parece lhe conduzir a uma “felicidade” bem mais rápida?
E fique com o coração bem aberto – a resposta virá! Talvez você descubra que o que poderia ter se configurado como uma grande enganação é, na verdade, a oportunidade de aprender algo muito precioso. Mas se, infelizmente, descobrir que é tarde demais e que você realmente se deixou enganar, corra atrás do prejuízo, rasgue o cupom preenchido e encha-se de coragem para abandonar o lugar de vítima e tornar-se dono de sua própria história...


sábado, 30 de março de 2013

Dominar é matar o Amor

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por Nahman Armony

Algumas pessoas impõem de tal forma os seus desejos ao parceiro que ele acaba por se anular, tornando-se fraco, desinteressante. Muitas vezes o comportamento é fruto do medo de perder: tenta-se eliminar do outro tudo o que possa atrair os olhares alheios. O resultado é que mesmo o próprio olhar vai querer afastar-se, pois o antigo objeto de amor torna-se indigno de ser amado.
. Uma das armadilhas prediletas do amor é a exigência de dedicação incondicional do parceiro. De início, a vítima tenta resistir, manifestando os seus desejos, discutindo, fazendo acordos. Mas se o outro é uma pessoa ardilosa, que exibe sofrimento diante das frustrações causadas pelos atos afirmativos do parceiro, este acaba cedendo, desistindo dos seus valores e da sua postura independente. Em nome do amor, torna-se servo.
E, quando a mudança se instala, parte do que era atraente nele - a força de sua personalidade, a diferença, o desafio, a incerteza - desaparece.
Uma imagem exprime bem a situação: chupar a fruta até tirar dela todos os elementos nutritivos e então cuspir o bagaço.
A dobradinha admiração/aprovação faz parte da composição amorosa. A pessoa sente-se valorizada quando é amada por alguém que admira e a aprovação dessa pessoa torna-se um elemento importante no equilíbrio da relação. Os conflitos muitas vezes surgem do sentimento de que um não está sendo devidamente apreciado pelo outro, e são resolvidos por acordo entre iguais.
Se o parceiro não tem vontade própria, se concorda com tudo o que o outro deseja, desaparece como pessoa e não pode mais ser admirado. A sua aprovação ou desaprovação deixa de ser relevante: já não serve para a auto-estima, para o orgulho de ter um parceiro altivo; já não é um parceiro de luta, pois a sua personalidade e força sumiram. Onde deveria haver dois a enfrentar o mundo sobra apenas um com sua rabeira: uma sombra sem força de realização.
É uma situação paradoxal: deseja-se uma pessoa forte mas tem-se medo de que essa força atraia outros, provocando o abandono. Faz-se então um esforço para dominá-lo até que ele se torne uma criatura fraca, indigna do amor e incapaz de realizar uma parceria produtiva. Isso nos leva a pensar que em certo número de casos a insegurança é um dos componentes que mantêm o amor.
Estas considerações baseiam-se num caso que ocorreu na minha clínica. Um rapaz de início tímido havia se tornado auto-afirmativo, adquirindo charme e densidade, usando a sua inteligência para estabelecer relações. Tinha romances que duravam algum tempo e, ao terminarem, causavam um sofrimento que não chegava a atrapalhar a sua vida. A auto-estima e o garbo mantinham-se. Até que, ao se apaixonar por uma mulher que considerava especial, passou a ter um medo excessivo de perdê-la, como se não a merecesse.
Diferentemente das situações anteriores, em que se sentia em plano de igualdade ou mesmo de superioridade, pôs-se em situação de inferioridade e passou a atender às solicitações da namorada mesmo se contrariavam seus sentimentos e princípios. Logo perdeu a individualidade e, com isso, o charme e a essência.
Deixou de existir como pessoa e foi descartado, ficando num estado de extremo sofrimento e desvalorização. A sua autoestima desapareceu e demorou para começar a recuperar a sua identidade e a sua potência.
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O amor exige concessões de parte a parte. Mas certos princípios e sentimentos básicos pessoais não podem ser abandonados, sob pena de um desenvolvimento desfavorável da relação e, pior, de uma transformação de um ser humano consistente em uma inconsistência perigosa para o próprio viver.

(fonte Portal CARAS -Amor, aqui: http://www.caras.com.br/edicoes/794/textos/9689/ )
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sábado, 9 de março de 2013

Mapa de Março 2013

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MARÇO 2013 – ESCOLHER SEMEAR PARA COLHER DEPOIS… 


Sabemos cultural e empiricamente que todas as Escolhas trazem Consequências, mas quando nos deixamos arrastar para longe de nós mesmos, esquecemo-nos de tomar CONSCIÊNCIA das Escolhas! Os Orientais conhecem esta prorrogativa como Lei Kármica ou a Lei das Sementeiras…



Convido-vos então, neste mês de MARÇO, a ESCOLHER SEMEAR CONSCIENTEMENTE em todos os momentos da Vida. 
Como exercícios, vamos experimentar estes… 

1 – Este Mês, escreva UMA CARTA a si mesma(o), mostrando-se como a(o) sua(ou seu) melhor AMIGA(O).Escreva-se palavras de Esperança, Consolo, Motivação, etc. Coloque a carta num envelope, endereçado a si mesma(o), e envie a carta pelo correio.
Quando a receber, SABOREIE essa carta, e observe o que sente quando a lê…

2 – SEJA 1 ANJO POR UM DIA( ou 2, 3 ou 200 dias…)
Imagine-se um actor que dá corpo, voz e vontade a um Anjo ou outro Ser Divino! Proponha-se a SER essa Energia ou Entidade em todos os lugares e com todas as pessoas com quem se cruzar.
Ao escolher SER esse SER DIVINO, imagine como seria esse Ser num Humano: O que diria – faria – falaria – para irradiar Qualidades Divinas?
Há todas as garantias de que aquele que mais vai receber essas Qualidades…é Você mesmo…

3 - Seja o (a) fundador(a) de um CLUBE que se possa reunir uma ou duas vezes por mês: Que seja um clube onde todos possam PARTILHAR IDEIAS, EXPERIÊNCIAS, CONVIVIO, e DESFRUTAR de COMPANHIA HUMANA. Pode ser um clube de Lavores – Bricolage – Bordados – Costura – Filosofia e Literatura – Pais e Mães – e tantos outros. Junte-se a
pessoas que têm os mesmos interesses, ou as mesmas necessidades, DÊ APOIO, PERMITA-SE SER APOIADO e APRENDER coisas novas, e PARTILHE. Experimente convidar um ou uma “expert” para ensinar aqueles que não sabem (ou que saibam pouco).Por ex: uma costureira aposentada para ensinar costura, ou um professor de Português ou Filosofia para coordenar debates no Clube…

4 – Semeie ou plante um planta desta época, na sua varanda ou quintal, e desfrute, acompanhando o seu crescimento e evolução, fazendo disso UMA PRÁTICA MEDITATIVA E RELAXANTE.
ESCOLHA SEMEAR O MELHOR QUE VOCÊ É, E CERTAMENTE VAI COLHER O MELHOR QUE A VIDA DÁ ! 


“…são as águas de Março, é o fim do Verão, é a Promessa de Vida no meu Coração…”(Elis Regina)

por Silvia Morais 

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Está tão difícil fingir que 'tá fácil !



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Noutro dia fizemos uma confraternização entre o pessoal da editora para a qual faço alguns trabalhos. Era um daqueles dias lindos quando todos se disponibilizam para o riso e os abraços. Estávamos num sítio e os homens e meninos resolveram jogar bola, enquanto as mulheres assistiam e riam da falta de preparo físico deles... Claro que o objetivo era a diversão e tudo acontecia assim.
Num determinado momento, aproximei-me das grades da quadra, perto da trave. Para a minha surpresa, veio um deles, agarrou-se na grade e confessou, exausto, suando, como quem pede socorro:
Ai, tá tão difícil fingir que tá fácil!
A confissão foi tão espontânea e inesperada que comecei a rir, mas imediatamente tive um insight, caiu uma ficha, como dizem. Pensei comigo mesma: é realmente muito difícil, em alguns momentos de nossa vida, fingir que tá fácil, mas ainda assim a gente insiste em fingir, sem se dar conta de que isso só aumenta mais a dificuldade, seja física, mental e, principalmente, emocional.
Ficar fazendo cara de feliz e até sorrindo feito bobo, só pra disfarçar a dor que lateja por dentro, a tristeza que machuca sem parar, a mágoa por algo que aconteceu e não sabemos o que fazer com a realidade. Talvez um emprego que perdemos ou nem conseguimos conquistar; um amor que acabou ou nem começou; um amigo ou irmão com quem brigamos e não sabemos como fazer as pazes; uma raiva absurda que toma conta da gente por causa de uma situação em que nos sentimos contrariados, diminuídos, humilhados...
Enfim, muitas vezes, vivemos situações que nos provocam o desejo de xingar, gritar, esbravejar, argumentar e chorar feito criança, sem se importar com as caretas, as lágrimas, o barulho... só chorar, chorar e chorar até pegar no sono... Mas não! Não nos permitimos amolecer. Permanecemos durões, engolindo a dor a seco, sentindo a tristeza passar pela garganta como se fosse espinha de peixe enroscada... arranhando, incomodando, doendo mais. E lá estamos nós... fingindo que está fácil!
Pois bem, não sei quanto a você, mas estou decidida, cada vez mais, a mostrar o que sinto, mesmo sabendo e confessando que não é nada fácil. No entanto, se não é nada fácil se expor e mostrar os sentimentos, especialmente quando eles escancaram nossa fragilidade e vulnerabilidade, mais difícil ainda é fingir, camuflar, parecer sem ser, viver sem se aprofundar, amar sem ser intenso, sentir sem se entregar.
Não estou, de forma alguma, sugerindo que você alimente sentimentos como raiva, tristeza e desesperança. Muito pelo contrário: estou sugerindo que você os assuma, os sinta e, assim, possibilite o fim de cada um deles. Porque enquanto a gente finge que não está sentindo, eles continuam lá, enroscados.
Mas quando a gente assume e os expõe, eles passam, acabam, vão embora. Claro que, sobretudo, este tem de ser o nosso objetivo. É o meu, garanto! Aproveito, então, para sugerir que esta seja a sua grande lição a partir de hoje : parar de fingir que está fácil quando não estiver.
Parar de sustentar um ego que só o faz ser quem você não é (ou seja, ninguém!) e o distancia de sua verdadeira essência.
Parar de se importar tanto em ter razão e se concentrar mais na sua humanidade, na sua imperfeição, na sua vontade de crescer e se tornar melhor, lembrando sempre de que a gente só consegue sair de um lugar e chegar a outro quando tem consciência de onde está e, sobretudo, para onde deseja ir.
Que você vá além e ultrapasse qualquer caminho que não seja o seu.
Saia do fingimento e vá para o autêntico, por mais difícil que seja, porque só assim é que a vida vale a pena e é só aí que o amor encontra espaço!

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