sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11/11/11


Porque seria tão bom estar directamente conectado
ao que existe de mais primitivo e autêntico no mundo e em nós
(a voz de Deus ? o ritmo da Natureza ? 
o nosso instinto e sabedoria intrínseca ?)
E não se deixar contaminar pelo ruído
do egoísmo, maledicência e mesquinha vontade alheia,
das necessidades impostas daquilo que não nos é necessário,
das dúvidas, incertezas e inseguranças 
quanto ao caminho que devemos trilhar,
porque há uma voz, interior, que sabe
e é essa que devemos ouvir e queremos seguir
A que amplia o bem, a tolerância e a aceitação
Do outro e da vida como ela é.
A que nos despe de tudo o que é para impressionar os outros
e nos pacifica com a sua/nossa simplicidade.




Num mundo em redemoinho
busquemos o centro
e meditemos:


(meditar é ouvir a voz da nossa alma -ou o que lhe queiram chamar- sem as razões pré-formatadas que habitualmente nos tentam manipular) 

Fonte: Anjo de Luz

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Igualdade ?

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Ainda falta muito...
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domingo, 14 de agosto de 2011

Wabi Sabi e a Arte da Imperfeição

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por Adília Belotti .

Não sei quanto a você, mas eu ando definitivamente exausta de correr atrás da perfeição.
No outro dia apanhei-me a medir as toalhas de banho dobradas para que elas formassem impecáveis pilhas no meu armário. Uma amiga diz-me que arruma os frascos de tempero por ordem alfabética?! E o pediatra solta um comentário bem-humorado sobre mães que se sentem pessoalmente insultadas quando seus filhos ficam com gripe. Como se a gripe fosse uma espécie de tinta que manchasse a perfeição dos seus pimpolhos...
O nosso índice de tolerância aos "defeitos de fabricação" do universo anda mesmo muito baixo. E isso nos torna a espécie mais reclamona do universo, provavelmente a única -mas tenho algumas dúvidas se bois e vacas interiormente não reclamam daquelas moscas sempre em volta dos seus rabos...
Passamos um bocado de tempo tentando caber nas molduras que inventamos para nós. Isso quando escapamos de tentar vestir à força as expectativas que OUTROS criaram para NÓS.
Senão, digam-me porquê oss seres humanos razoáveis investiriam tanto tempo, dinheiro e energia para tentar recuperar a imagem que tinham aos 18 anos?
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Por estas e por outras tantas quando terminei de ler aquele livrinho senti que tinha recebido uma revelação divina! É só um livreto, mas, ao contrário, desses livros bonitinhos que compramos como se fosse um cartão para dizer “Feliz Aniversário” ou “Como eu gosto de você”, não é tão fácil assim de ler. Muito menos de pôr em prática os conselhos da autora.
O título em inglês é The Art of Imperfection ou A Arte da Imperfeição. Porque é disto que Véronique Vienne fala no seu pequeno livro: das formas de perceber a beleza que se esconde nas frestas do mundo perfeito que tentamos, sempre em vão, construir para nós.
Você conhece aquela história de que os tapetes persas sempre tem um pequeno erro, um minúsculo defeito, apenas para lembrar a quem olha de que só Deus é perfeito? Pois é, a Arte da Imperfeição começa quando a gente reconhece e aceita nossa tola condição humana.
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Véronique Vienne dividiu o seu manual em dez capítulos de títulos muito sugestivos:
a arte de cometer erros, a arte de ser tímido, a arte de se parecer consigo mesmo, a arte de não ter nada para vestir, a arte de não ter razão, a arte de ser desorganizado, a arte de ter gosto, não bom-gosto, a arte de não saber o que fazer, a arte de ser tolo, a arte de não ser nem rico nem famoso.
E encerra o livro com 10 boas razões para ser uma pessoa comum. “A história está cheia de criaturas incompetentes que foram muitíssimo amadas, desajeitados com personalidades cativantes e gente tola que encanta a todos com o seu jeito despretensioso.
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O segredo? Aceitar as nossas falhas com a mesma graça e humildade com que aceitamos as nossas melhores qualidades”, ela diz. E propõe: “Perdoe a si mesmo. (...) Você não precisa ser perfeito para ser um ser humano bem-sucedido.
De fato, com mais frequência do que imaginamos, o desejo de acertar impede as coisas de melhorarem e a necessidade de estar no controle aumenta a desordem e o caos”.
A Arte da Imperfeição, no entanto, não se limita ao reconhecimento das imperfeições humanas. Também tem a ver com o nosso jeito de olhar para as coisas mais banais, mais corriqueiras e vê-las com outros e mais benevolentes olhos.
Leonard Koren, um designer americano, publicou alguns livros tentando revelar para o nosso olhar ocidental as delicadezas do olhar wabi sabi.
Wabi sabi é a expressão que os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas. O termo é quase que intraduzível.
Na verdade, wabi sabi é um jeito de “ver” as coisas através de uma ótica de simplicidade, naturalidade e aceitação da realidade.
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Contam que o conceito surgiu por volta do século 15:
Um jovem chamado Sen no Rikyu (1522-1591) queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá. E foi procurar o grande mestre Takeno Joo. Para testar o rapaz, o mestre mandou-o varrer o jardim. Rikyu lançou-se ao trabalho feliz. Limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar. Ao terminar, examinou cuidadosamente o que tinha feito: o jardim perfeito, impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas caprichosamente ajeitadas. E então, antes de apresentar o resultado ao mestre Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão. Mestre Joo, impressionado, admitiu o jovem no seu mosteiro. Rikyu virou um grande Mestre do Chá e desde então é reverenciado como aquele que entendeu a essência do conceito de wabi-sabi: a arte da imperfeição.
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O que a historinha de Rikyu tem para nos ensinar é que estes mestres japoneses, com sua sofisticadíssima cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo, conseguiram perceber que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar.
E a natureza das coisas é percorrer seu ciclo de nascimento, deslumbramento e morte; efêmeras e frágeis. Eles perceberam a beleza e elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo. Um velho bule de chá, musgo cobrindo as pedras do caminho, a toalha amarelada da avó, a cadeira de madeira branqueada de chuva que espreguiça no jardim, uma única rosa solta no vaso, a maçaneta da porta nublada das mãos que deixou entrar e sair.
Wabi sabi é olhar para o mundo com uma certa melancolia de quem sabe que a vida é passageira e, por isso mesmo, bela.
Para os olhos artistas de Leonard Koren wabi sabi é inseparável da sabedoria budista que ensina:
Todas as coisas são impermanentes
Todas as coisas são imperfeitas
Todas as coisas são incompletas
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Então olhar para elas de um modo wabi sabi é ver:
A beleza que existe naquilo que tem as marcas do tempo (a velha cadeira de balanço com a sua pintura já gasta tomando o solzinho que entra pela janela é wabi sabi)
A beleza do que é humilde e simples (em vez de sofisticado e cheio de ornamentos inúteis)
A beleza de tudo o que não é convencional (quer algo mais wabi sabi do que servir à luz de velas e em toalhas de renda um simples hamburguer?)
A beleza dos materiais que ainda guardam em si a natureza (wabi sabi é definitivamente papel, algodão, velhos e nobres tecidos, nada de plástico)
A beleza da mudança das estações (que tal experimentar descobrir os primeiros verdes fresquinhos e brilhantes que anunciam a primavera?).
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A Arte da Imperfeição é ver a vida com a tranquilidade de quem sabe que a busca da perfeição exaure nossas forças e corrói nossas pequenas alegrias.
Porque, como disse Thomas Moore, “a perfeição pertence a um mundo imaginário”. No nosso mundo verdadeiro, aqui e agora, que tal abrir os olhos para o estilo wabi sabi?

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(mais sobre A Arte da Imperfeição aqui...)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Talentos todos temos*




"Às vezes, o fogo de um talento fica abafado uma vida inteira. E os dons não utilizados criam bloqueios de energia e diminuem a força vital.
Todos temos uma meta e podemos estar nos movimentando em sua direção ou nos afastando delas.
Se a abraçamos, nós nos tornamos ela e então ela é que nos apóia, nos dando o poder de atingirmos novos cumes, passo a passo.
Quando nos recusamos a arriscar um passo, uma parte de nós morre.
Não existem acasos; todos receberam as perfeitas ferramentas, capacidades e oportunidades para criar seus mais altos destinos. Cabe a nós usarmos o que nos foi dado.
Não encontraremos melhor conselheiros, para nos orientar sobre nossos talentos e nosso potencial, do que aquele que reside em nosso interior. Por isso, recorra sempre a ele, solicitando esclarecimentos nas meditações ou durante o sono.
Faça um retiro, use todas as ferramentas à disposição, insista..."

Origem, Somos todos Um
Foto: Sandra V. Costa

"Quando usamos os nossos talentos somos nós. É a nossa energia em acção. Se os descobrimos temos a obrigação de os honrar..se ainda não os tivermos descoberto devemos procurá-los em nós...

Ao honrar os meus talentos sinto uma alegria sem igual
Sinto-me especial e única
O medo desaparece
Sinto-me VIVA e parte da Vida
Sinto-me Abençoada
Sou"

Sandra V. Costa

terça-feira, 28 de junho de 2011

Amor combina com leveza. Livre-se do seu "peso morto"!

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 Rosana Braga 


Quantos quilos de peso morto você tem carregado? Há quanto tempo? Arrependimentos inúteis, raivas que não acabam nunca, lamentos pelo que não deu certo, vitimização, insistência na dor, resistência às mudanças... Argh! Isso pesa! E pesa muito! E é peso inútil. Não serve para absolutamente nada! Ou melhor, serve para te deixar mais lento, quando não parado! Serve para te fazer acreditar que a vida é realmente muito difícil e talvez até questionar se tudo isso vale mesmo a pena...

Claro que todos vivenciam frustrações, perdas, tristezas e dúvidas. Faz parte da dinâmica da vida e dos relacionamentos. Afinal, amar é um exercício de aprendizagem. É a partir do encontro com o outro que percebemos com maior clareza quem somos nós. Mas, acredite, o amor está muito mais para a leveza do que para as neuras desenfreadas e sem bom-senso.

Portanto, livre-se dos seus pesos inúteis o quanto antes! E se você não tem a menor ideia de por onde começar, sugiro que faça uma bela limpeza no seu guarda-roupas. Isso mesmo: abra as portas, ponha tudo para fora e comece a separar o que realmente gosta e usa, daquilo que vem guardando há anos sem nem sequer se lembrar que tem. Ou seja: não usa, talvez nem goste mais, mas continua a manter ali, a ocupar um espaço que poderia servir para arejar o ambiente -o que é essencial para manter as suas roupas mais perfumadas e organizadas.

O que é que isso tem a ver com o amor? Bem, estou a sugerir um exercício externo para que compreenda a importância e a dinâmica do que é preciso ser feito internamente. Além do que, convenhamos, a sensação de leveza e bem-estar que ganhamos ao revisitar e reorganizar os nossos armários tem, sem dúvida, tudo a ver com a sensação que sentimos quando nos livramos de sentimentos e auto-punições inúteis, velhas, ultrapassadas e que não nos têm ajudado em nada na busca pela felicidade e pelo amor que tanto merecemos!

Depois dessa limpeza externa, se continuar confuso quanto ao que é preciso, definitivamente, tirar de dentro de si, pegue em duas folhas de papel e numa caneta. Na primeira folha, escreva tudo o que reconhecer de bom em si. Seja generoso e abundante, sem ser prepotente, é claro! Seja também detalhista. Em vez de usar apenas adjectivos genéricos, tente fazer deste papel uma espécie de inventário sobre si, ou seja, personalizado. Resgate momentos marcantes de sua vida e anote como você foi admirável. O que fez? Como fez? Por exemplo: num relacionamento o outro cometeu um deslize e, ao pedir perdão, em vez de rebaixá-lo, mostrar-se superior ou responsabilizá-lo por tudo o que estava insatisfatório na relação... você conseguiu ouvir, ponderar, reflectir sobre a sua participação nessa insatisfação. Enfim, agiu como parceiro e não como inimigo.

Na segunda folha, escreva tudo o que conseguir admitir que não lhe serve mais. Talvez uma mágoa ressequida, uma desconfiança sem motivo real, uma excesso de crítica, crenças limitantes (do tipo "nenhum homem presta" ou "não existem mulheres sinceras"). Talvez o seu maior peso morto seja excesso de insegurança ou ansiedade, falta de auto-estima, enfim, desvalorização de quem você é e de tudo o que de bom existe em si. Escreva!

No fim, pegue a primeira folha com os seus predicados e guarde consigo. Sempre que se sentir incapaz de dar um passo adiante, recorra a ela e encontre as suas ferramentas internas. E quanto à outra folha com o peso morto, rasgue-a, destrua-a, acabe com ela! Jogue-a no lixo ou queime-a! 
E faça este exercício sempre que julgar necessário. Sempre que se sentir pesado demais para amar...

Certamente isto não vai acabar com todos os seus problemas, mas ajuda muito a nos deixar mais leves para encontrar soluções mais criativas e optimistas! Bom trabalho!


(fonte STUM)

sábado, 18 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

Valei-me Sto António !

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Para quem por um amor desespera

E acredita em simpatias ou num ritual

Hoje é dia de soltar a mais cruel fera

Ou pedir aos céus que mandem "o/a tal"... :))

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De cabeça para baixo


Coloque a imagem de Sto António de cabeça para baixo dentro de um copo contendo água ou aguardente (oh, crueldade!). E prometa deixá-lo nessa triste (?) situação até encontrar o seu amor. Garantem que a resposta virá breve. 
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Numa fria


Olhe o Santo António bem de perto e diga-lhe que enquanto ele não lhe arrumar um(a) namorado/a, ficará no frigorífico. E depois ponha-o no congelador. Dizem que funciona bem depressa! 
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Sem o Menino Jesus


Esta simpatia consiste em retirar o Menino Jesus que está nos braços de Santo António e dizer ao santo que, se ele não lhe arranjar um/a) namorado/a, também não terá o pequeno de volta. Assim que conseguir um amor, devolva rapidamente a pequena imagem ao seu lugar. 
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Com a nota (ou moeda)

No dia 12 de Junho, coloque uma nota (ou moeda) entre o estrado da sua cama e o colchão. No dia seguinte ao sair de casa, dê o dinheiro ao primeiro mendigo que encontrar e pergunte-lhe o nome. Pode ser que o seu próximo amor tenha o mesmo nome. E você poderá verificar o tempo que vai demorar para conhecer essa pessoa, por meio da primeira vogal do nome do pedinte: A - dentro de um mês; E - em dois meses; I - em três meses; O - em quatro meses; e U - em cinco meses.


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Simpatias para quem está só

1) Abrir a porta da frente de casa para que Santo António permita a entrada de alguém especial na sua vida, dizendo: “Santo António, protector dos namorados, faça chegar até mim aquele/a que anda sozinho/a e que em minha companhia será feliz”. 

2) Acender uma vela rosa, de qualquer tamanho, num pires com mel e pedir ao Arcanjo Haniel a verdadeira realização afectiva.

3) Colocar um quartzo rosa dentro de um copo transparente, com água filtrada, e deixar no sereno, na véspera do dia de Santo António, pedindo tudo o que almeja para a realização afectiva - felicidade, respeito, harmonia, companheirismo, cumplicidade, afecto, dedicação, carinho, amor, compreensão, etc.
No dia seguinte, passar a água nos pulsos, para se articular sempre com equilíbrio; nos joelhos, para ter flexibilidade e respeitar o outro; no coração, para amar com sinceridade e que o amor seja pleno e digno.

(fonte VelhosAmigos)  


Mais simpatias aqui

segunda-feira, 30 de maio de 2011

CONSCIÊNCIA CORPORAL


Workshop com a Drª Silvia Patzsch


 “O Movimento do meu corpo é o meu pensamento corporificado

Desenvolve-se através da consciência dos movimentos que o

Meu corpo tem e da capacidade de fazer – ser.”

António Damásio


A Consciência Corporal é um dos caminhos ao autoconhecimento para o desenvolvimento pessoal e por consequência transpessoal. As aulas que desenvolve, com métodos integrados que traz das artes e terapias, procuram sensibilizar o nosso corpo físico e os órgãos dos sentidos. Uma observação introspectiva que permite uma melhor compreensão da Mecânica Corporal Básica e as suas emoções e assim conquistando a liberdade das partes conectadas com o todo como uma rede de apoio complementar.

O nosso potencial expressivo é o resultado da educação que recebemos e da informação que possuímos. A mente aprende a melhorar a faculdade daquilo que for praticado, seja corporal, emocional, mental ou espiritual (energético).

Cada pessoa tem as suas características, aptidões e habilidades e para fazer a leitura dessa unicidade que cada um de nós é, é necessário aceitarmos que somos o que acreditamos ser, para então darmos continuidade ao processo de desenvolvimento na caminhada em direção ao profundo desejo em criar saúde e satisfação em viver.


Metodologia Baseada em:

Técnicas teatrais: Experimentar e expressar sentimentos através de gestos, palavras, sons...

Técnicas de Dança contemporânea: Baseadas no movimento interno e externo do corpo e no melhor aproveitamento esquelético – articular - muscular...

Técnicas de terapias orientais: Baseadas no uso energético do corpo...


Data: 02 de Junho de 2011 (Quinta-feira)


Local: CPSB - Av. 5 de Outubro, nº 122, 4º Esq.

Horário: 19h00-22h00

Preço: 20,00€

Com: Dra. Silvia Patzsch
 
Confirmação obrigatória para: 21 793 53 26 ou geral@cfpsb.com

Inscrições limitadas
 
Para mais informações contacte a secretaria ou visite o website: 
www.schoolbiosynthesis.com



Workshop com a Drª Silvia Patzsch









Pequeno Histórico Curricular

Formada pela PUC/PR e Teatro Guaíra em Curitiba
Brasil – 1984 /89

Na Tempo Cia. de Dança
Técnicas de Dança Contemporânea – 1991/98

Terapia Corporal com o pedagogo e médico
Dr. Lauro Godoy desde 1990/2004


Desde 1998 que desenvolve e ministra oficinas, workshops e aulas individuais, envolvendo arte e educação. Primeiro para crianças, para jovens e posteriormente para adultos e pessoas de terceira idade. Tenho mantido um estudo contínuo sobre o ser humano e o seu desenvolvimento. O trabalho que tem vindo a desenvolver durante todos esses anos é baseado na sua experiência pessoal com as artes e terapias, na evolução das ciências cognitivas e outras, baseadas no empirismo oriental traduzidas para o ocidente, também co-relacionadas com a mecânica e física quântica. Entre elas a Neurociência, Anatomia Emocional, Corpo e Movimento, Anatomia e Fisiologia Humana, A Intuição, também em pesquisadores-cientistas-autores como António Damásio, Stanley Kelleman, Fritjof Capra, Rudolf Laban, Masaru Emoto, Daniel Goleman, Christiane Northrup, Dalai Lama, Wilhelm Reich, José Angelo Gaiarsa, Malcolm Gladwell, Eckhart Tolle, David Servan-Schreiber, Louise L. Hay, Simon Brow entre outros.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os Pássaros Solitários

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Do lado de um imenso muro de pedras voava um pássaro, como sempre sozinho, pensando na sua eterna solidão.

Do outro lado do mesmo muro outro pássaro também voava e lamentava o seu interminável isolamento.


Mas do alto de uma nuvem, bem acima de qualquer muro, dois anjos observavam a cena.


Um dos anjos comentou:

- Veja que maravilhoso! Que sincronismo de vôo! Isto é o verdadeiro amor.


O outro anjo questionou:


- Será que eles nunca se encontrarão?


O primeiro anjo respondeu:


- É claro que sim. Olhe, lá adiante, o fim do muro. Todo o muro tem um fim.


E completou:


- Mas se eles se arriscassem a voar mais alto, acima do muro, podiam encontrar-se hoje mesmo.



Autor desconhecido

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(saiba aqui mais sobre a paixão e o amor

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A força do amor total nos tempos da liberdade sexual

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Uma nova ética das relações entre homens e mulheres continua a abrir caminho. Esta ética não é imposta pela Igreja nem pela família, pela escola, pela moral ou pela lei

Até hoje, em todas as sociedades conhecidas, a actividade sexual foi regulada em pormenor pela sociedade e pela lei. Dos machos contava-se que desejassem todas as mulheres bonitas; das mulheres, pelo contrário, que se limitassem a desejar os homens que amavam ou então, por puro dever, se relacionassem sexualmente apenas com os maridos. No entanto, nos nossos dias este costume está a desaparecer. Muitíssimas mulheres dizem abertamente que quando vêem um homem que lhes agrada procuram não o deixar escapar. Exactamente como dantes os machos. Mas há também grupos de mulheres que procuram comportar- -se como antigamente os homens nos bordéis. Em algumas faculdades americanas, os rapazes festejavam o fim do ano contratando prostitutas que circulavam entre todos tendo relações com os que o desejassem, aplaudidos por todos os outros. Hoje também há raparigas que competem pelo maior número de rapazes com quem vão para a cama num ano escolar.

Isto leva-me a pensar que daqui a poucas dezenas de anos homens e mulheres poderão comportar-se como lhes apetecer, em público ou em privado, sem qualquer freio moral. No entanto, não quero com isto dizer que haverá uma promiscuidade total. Há, na realidade, uma força que se opõe a ela. Não se trata da Igreja, da família, da escola, da moral ou da lei. A única força capaz de lhe fazer frente é a paixão monogâmica, exclusiva e ciumenta. Mesmo que um homem e uma mulher se tenham habituado a ter relações sexuais promíscuas, quando se apaixonam desejam apenas a pessoa amada e não suportam que esta tenha contactos sexuais com outras.

O amor exige fidelidade absoluta. Uma mulher apaixonada escreve: "Não terei qualquer ligação com outro porque não quero estragar, conspurcar, os sentimentos maravilhosos que tenho por ti. Bastaria um contacto para poluir de forma irreparável a sua pureza. E o mesmo vale para ti."

É apenas porque existem a paixão e o amor totais que as pessoas continuam a casar-se, a viver juntas, a ter filhos. Mesmo que depois discutam e se separem. O sexo gratuito, que não tem regras nem freios, põe em causa esse amor, que resiste, que o rejeita, que o trava e obriga a disciplinar-se.

Do conflito entre o sexo promíscuo e o amor exclusivo está aos poucos a nascer um novo saber e uma nova ética do amor e do sexo. E eu tenho orgulho em ter passado a minha vida a escrever acerca deste assunto, que no futuro continuará a ganhar importância.

(fonte ionline

...e Valentim, não sejas santo ! (aqui)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Porque temos tanto medo da meia-idade ?

Embracing middle age: Jane still has her sense of self

Nós fingimos que não estamos lá ainda - e lutamos desesperadamente para esconder as provas. Mas a autora Jane Xelim de 50 e tal, diz que traz alegrias inesperadas: 

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Cinco anos atrás, quando eu tinha 47, comecei a escrever um livro de memórias sobre a experiência da meia idade. Pensei que poderia encontrar algumas surpresas pelo caminho.
Afinal, escrever sobre uma experiência enquanto se está a passar por ela significa que a história está mudando continuamente, e você nunca sabe exactamente o que está por vir.
O que eu não previa era a reacção quando as pessoas descobriam o que eu estava a fazer. Eu conhecia alguém, começava a conversar e, eventualmente, perguntavam: O que você está fazendo?
Quando eu dizia que estava a escrever um livro sobre a Meia Idade, eles faziam um tipo peculiar de careta malandra e diziam: 'Não que você saiba alguma coisa sobre isso, é claro!'
Absolutamente todos fizeram isso - e depois de algum tempo isso se tornou uma espécie de piada privada.
Eu fazia pequenas apostas comigo mesma em como esta ou aquela pessoa não diria o mesmo. Mas sempre o disseram.
O que era estranho, porque eu tinha 47 anos quando comecei a escrever o meu livro - e embora eu goste de pensar que estou num estado razoável de conservação para a minha idade, não havia nenhuma dúvida sobre isso. Eu era um exemplo inequívoco de mulher de meia-idade como se pode esperar conhecer.
Então, por que todos se sentiam obrigados a tranquilizar-me, como se eu fosse uma excepção do que obviamente acham uma espécie de maldição? O que estava tão errado, eu me perguntava, em ser de meia-idade?

Eu sabia pelas minhas leituras que a meia-idade nem sempre foi considerada um estado lastimável. A literatura antes de meados do século 20 está cheia de mulheres de meia-idade fabulosamente sedutoras.
A Mulher de Bath de Chaucer (Contos de Canterbury)- uma Cougar de 40 anos, séculos antes do termo ter sido inventado - é casada pela quinta vez com um homem com metade da sua idade, e descreve com delicioso autocontrole o seu apetite pelas coisas boas da vida: sexo, dinheiro e óptimos sapatos. A meia-idade como a dela pareceu-me totalmente desejável.
Então, você só tem que procurar para encontrar uma cultura na qual o encanto de uma mulher de certa idade é estimado e admirado, onde as mulheres, como o bom vinho, são consideradas mais profundas, mais complexas, mais interessantes e desejáveis - em suma, mais "sexy" - quando se aproximam de meia idade.
O contraste entre a atitude e a atmosfera que nos rodeia é bizarro.
Embora as pessoas de meia-idade predominem no Reino Unido, onde a idade média é de 39,5 anos, é doloroso ver como são punitivas as atitudes para com as mulheres de meia-idade, cheias de aversão, desprezo e algo muito parecido com medo.

Nos meus 20s e 30s eu estava acostumada a encontrar, reflectidas, imagens de mulheres como eu - em revistas, filmes, programas de rádio e televisão e de ficção. Mas chegar à meia-idade é descobrir que a sua história, aparentemente, já não vale a pena ser contada.
As imagens contemporâneas da meia-idade são todas sobre fingir que ela não está lá - 60 são os novos 40! Ou que se está lá, você pode mantê-la de alguma forma à distância com um coquetel de hormonas sintéticas, cirurgia, cosméticos, dietas e vigilância constante.
A única alternativa para a juventude prolongada artificialmente parece ser a versão "Velha garota mal humorada" do envelhecimento - uma espécie de "poder de velha miúda" em que a luta comovente para permanecer jovem é abandonada em favor de uma festa desenfreada do excêntrico.
"Uma vez passada a menopausa, todos nós somos pessoas estranhas", escreveu Germaine Greer, um notável colaborador do estilo velho e mal-humorado.
É uma coisa extraordinária de se dizer - que todos os homens após os 50 anos de idade se consideram pessoas estranhas? As suas esposas, filhos e empregados podem pensar assim, mas eu aposto que não é isso que eles pensam de si mesmos.

Mas uma das coisas que eu comecei a notar foi a estranha aquiescência de mulheres na meia-idade, quando confrontadas com caricaturas de si mesmas que não lhes fazem jus.
Essa coisa de ser excêntrica, "esquecível", feia e geralmente uma piada parece ter-se tornado o ponto de vista padrão para as mulheres de meia-idade - aprovado até mesmo por uma organização tão tenazmente liberal como a BBC, que foi recentemente forçada a pagar uma indemnização e pedir desculpas à ex-apresentadora Miriam O'Reilly depois dela ter sido descartada por ser "muito velha" com 51.
Você suporia que uma geração na menopausa de "baby boomers", educadas no feminismo e habituadas a trabalhar em condições de igualdade com os homens iria colocar uma forte resistência ao ver-se tratada com tanto desprezo.

Mas quando consultei os manuais sobre a menopausa na minha livraria local, mesmo aqueles escritos por mulheres estavam cheios de descrições dramáticas dos sintomas de incapacidade física e mental que eu estaria, aparentemente, experimentando, para os quais a TRH (Terapia de Reposição Hormonal) é apresentada como a panaceia universal.
Senti-me em dúvida sobre medicar o que era, afinal, um evento físico natural, e fui surpreendida quando me encontrei com uma médica aproximadamente da minha idade numa reunião de faculdade que, quando eu disse que não tinha planos de fazer TRH, começou a descrever quase com prazer, o murchar da carne e a desintegração dos ossos que me atingiriam em breve se eu rejeitasse as drogas.

Embora eu tenha tido sorte suficiente para passar ao lado da maioria dos sintomas físicos extremos que  habitam os manuais da menopausa com detalhes sombrios, eu ainda me sentia perturbada com a minha passagem para a meia-idade.
Não conseguia ver como caberia em qualquer dos poucos papéis que são, aparentemente, tudo o que é oferecido a uma mulher de 50 e tal. Velha querida? Cota lutadora? Falsa fêmea frágil? Eu não conseguia reconhecer-me em nenhum deles.
E sentia que as coisas ainda estavam a mudar, e em breve teria que tomar uma decisão sobre se me entregava, ou tentava resistir e agarrar-me um pouco mais ao que restou da minha juventude.
De qualquer forma, eu sabia que emocionalmente a maior batalha que enfrentava era a aceitação do minguar dos meus atractivos físicos.

Certa manhã, vi-me ao espelho da casa de banho e percebi que os meus olhos pareciam ter-se afundado, de maneira que era possível ver claramente o contorno do crânio debaixo da pele.
Eu sempre tive sombras escuras debaixo dos olhos. Mas de repente elas pareciam ter-se espalhado. Ao invés de uma mancha violeta delicada havia um lívido semi-círculo índigo debaixo de cada olho. Olhei-me ao espelho, e a imagem que olhou para mim fez-me lembrar uma desanimada tartaruga.
Consternada, eu desisti do álcool, comecei a beber litros de água e comprei um creme muito caro que prometeu banir as olheiras em algumas semanas.
Mas um editor comissionista teve uma ideia melhor. Eu gostaria de fazer um tratamento facial com um dermatologista top? Bem, é claro que eu faria.


Com ingenuidade surpreendente, eu imaginava que este dermatologista iria tratar o meu rosto envelhecido com óleos de ervas, massagens e, possivelmente, algumas coisas mais exóticas - cristais, talvez? Não me ocorreu, até que o vi avançar com uma seringa, que era Botox o que eu tinha permitido.
Tendo chegado a um acordo com a minha aparência imperfeita há muito tempo, parecia um pouco tarde para estar a tentar fazer algo sobre ela agora. Mas havia uma razão mais profunda para a surpresa que senti sobre o Botox e Restylane que estavam prestes a ser injectados no meu rosto.
A minha cara e identidade pareciam inseparáveis para mim, e eu estava preocupada que ao mudar uma, poderia, de alguma forma indefinível alterar a outra.
Na verdade, o dermatologista era um homem amável, com um toque artístico. Quando cheguei a casa, a única mudança na minha cara era uma fascinante incapacidade de juntar as sobrancelhas, e um hematoma enorme e escuro no meu lábio superior. O hematoma desapareceu muito rapidamente, mas o meu filho, quando eu lhe perguntei, não achou que eu parecesse mais jovem.

A única coisa que me surpreendeu foi quão sedutora achei a melhora quase imperceptível na minha aparência. Eu mesma comecei a perguntar-me se devia aceitar a oferta do dermatologista para complementar o tratamento, intrigada com a ideia de que, mesmo agora, tão tardiamente, a minha sorte poderia ser transformada por uma mudança na minha aparência.
Essa fantasia diminuiu logo ao descobrir o que o tratamento teria custado a um cliente pagante: o suficiente para realizar algumas reformas tão necessários na minha casa. Mais do que suficiente para comprar uma pintura linda que eu tinha visto numa galeria de West End.
Com uma pontada de arrependimento eu disse a mim mesma que tinha chegado à idade em que era melhor que a minha auto-estima dependesse de algo mais do que o reflexo do meu rosto no espelho.
Tudo o que li sobre a meia-idade salientou que é um tempo em que as mulheres começam a sentir uma grande necessidade de defender pontos de vista polémicos. Mas eu tinha sido assim toda a minha vida, então comecei a pensar que era hora de mudar.
Lembrei-me da Nigella Lawson dizer que a vida ficou ainda melhor com o passar dos anos, e embora nem todas possamos esperar uma meia-idade tão glamourosa como o dela, pensei que ela tinha marcado um ponto.

Como criança e jovem adulta, eu percebi que as minhas duas avós tinham cada qual, uma qualidade especial de compostura, e uma certa frivolidade inesperada.
Ambas tiveram muito com que se preocupar na sua longa vida. Elas nasceram vitorianas e cresceram no turbulento século 20.
Ambas tinham maridos que foram para a guerra - um como soldado em 1916, outro como marinheiro em 1939. Nenhuma levou uma vida perfeitamente segura, as duas passaram por decepção, dor e tristeza.
Apesar das suas personalidades serem muito diferentes, cada uma pareceu-me, ao crescer, ter a calma constante de alguém perfeitamente no comando de si mesma, e com essa calma uma vontade de ter prazer em pequenos detalhes - um bolo, uma flor, um chapéu, um jóia, um tordo no peitoril da janela, um novo gatinho, o que, à medida que eu própria ia envelhecendo, fui vendo como uma qualidade tanto admirável como corajosa.

A meia-idade é, sem dúvida, um momento de perda - e algumas dessas perdas podem ser graves.
Aos 47 anos eu pensei que um ânimo forte e um bom corte de cabelo seriam protecção suficiente contra os seus desmandos. Aos 50 eu soube mais. Mas, embora a experiência seja mais difícil do que eu esperava, também é mais ressonante e interessante.
Eu ainda estou a aprender a ser de meia-idade, por isso não posso afirmar ter descoberto os seus segredos, mas à medida que o processo de envelhecimento continua, parece-me ser mais um processo sobre o que fica do que sobre o que está perdido.
A flor da idade adulta está fadada a diminuir - e tentar agarrar-se a ela parece-me inútil. A reprodução de qualquer coisa - sejam móveis, pinturas ou jovens - é sempre menos interessante do que a coisa real.
Mas o fascínio não tem necessariamente de desaparecer. É que aos 50, ele tem menos a ver com a firmeza da carne, e mais a ver com a firmeza do ser.
Se existe um segredo para a juventude eterna, acho que provavelmente não envolve Botox ou HRT, mas tem mais a ver com o jeito das minhas avós de continuar a descobrir a maravilha do mundo, mesmo nos momentos difíceis.
Embora também seja verdade que um óptimo par de sapatos e um bom correctivo fazem a vida parecer melhor em qualquer idade.


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