quinta-feira, 10 de junho de 2010

Lei Individual dos Direitos do Cidadão

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Porque sou diferente mereço menos amor ?

Quase todos nós carregamos feridas, mágoas, dores que
a vida foi incutindo na nossa inocência original.
Nascemos puros e cheios de encantamento pela vida e
espontaneidade ao abordá-la.
Logo, porém, aprendemos que para ter direito ao tal amor,
dito incondicional, há na verdade uma série de condições
exigidas e todas elas se referem a preencher as expectativas
dos que tanto nos amam -se te portas assim já não
gosto de ti !
E assim penetramos na (que se tornará) longa armadilha de
trocar a nossa verdade pelo “amor de verdade” dos outros.
E lá bem no fundo permanece a nossa magoada e rejeitada
Criança Interior, carente de amor e aprovação.
Assustada por acreditar que se for ela mesma -inteira e com
todas as melhores ou piores variantes que ser implica- na
(sua) verdade, ninguém a amará.
 

«Em Curar a Criança Interior, o leitor irá descobrir como se
libertar dos traumas e das amarras emocionais que o
prendem a um passado indesejado e a um presente pouco
agradável, mas que, uma vez removidos, o farão projectar
um futuro mais feliz.»
Ainda não li o livro, mas fui apresentada a esta lei e ao ler os
meus direitos senti como se um bálsamo de amor próprio e
confiança me aquecesse o coração.
Agora que somos adultos e responsáveis, cabe-nos a nós
resgatar, curar e amar a nossa Criança Interior.
Mais importante que preencher expectativas alheias é
preencher as próprias e principalmente reconhecer aquelas
que realmente nasceram de nós e aquelas que nos foram
impostas pelos outros e andamos a carregar como um pesado
fardo pelas nossas vidas afora.
Ponham por momentos esse fardo no chão e dediquem-se a
descobrir todos os direitos que lhe cabem como indivíduos.
Por exemplo:
1- Tenho inúmeras alternativas além da mera sobrevivência.
2- Tenho o direito de descobrir a minha criança interior.
3- Tenho o direito de chorar aquilo que não tive quando
queria ou precisava, ou que tive e não queria nem me
fazia falta.
4- Tenho o direito de seguir os meus próprios padrões e
valores.
5- Tenho o direito de reconhecer e aceitar o meu próprio
sistema de valores como sendo adequado.
6- Tenho o direito de dizer não ao que quer que seja, sempre
que sinta que não estou preparado, que não é seguro ou que
viola os meus valores.
7- Tenho o direito à dignidade e ao respeito.
8- Tenho o direito de tomar decisões.
9- Tenho o direito de determinar e honrar as minhas
prioridades.
10- Tenho o direito de ver as minhas necessidades e vontades
respeitadas pelos outros.
11- Tenho o direito de pôr fim às conversas que me
humilham e desprezam.
12- Tenho o direito de não ser responsável pelo
comportamento, pelas atitudes, pelos sentimentos e pelos
problemas das outras pessoas.
13- Tenho o direito de errar e de não ser perfeito.
14- Tenho o direito de esperar honestidade por parte das
outras pessoas.
15- Tenho direito a todos os meus sentimentos.
16- Tenho o direito de me zangar com as pessoas que
eu amo.
17- Tenho o direito de ser unicamente eu, sem sentir que não
sou suficientemente bom.
18- Tenho o direito de me sentir assustado e de dizer
“tenho medo”.
19- Tenho o direito de experienciar o medo, a culpa e a
vergonha e depois libertar-me deles.
20- Tenho o direito de tomar decisões baseadas nos meus
sentimentos, nos julgamentos que faço ou em qualquer razão
que escolha.
21- Tenho o direito de mudar de ideias em qualquer altura.
22- Tenho o direito de ser feliz.
23- Tenho direito à estabilidade -isto é, criar “raízes” e
relacionamentos saudáveis escolhidos por mim.
24- Tenho direito ao meu próprio tempo e espaço.
25- Não preciso de rir, quando quero chorar.
26- É bom relaxar, estar alegre e bem disposto.
27- Tenho o direito de ser flexível e de me sentir bem
quando o faço.
28- Tenho o direito de mudar e crescer.
29- Tenho o direito de me abrir às técnicas de comunicação
melhoradas por forma a fazer-me entender.
30- Tenho o direito de fazer amigos e de me sentir bem na
companhia das outras pessoas.
31- Tenho o direito de estar em ambientes não abusivos.
32- Posso ser mais saudável que as pessoas que me rodeiam.
33- Consigo tomar conta de mim, aconteça o que acontecer.
34- Tenho o direito de chorar as perdas reais ou que ocorrem
sob a forma de ameaça.
35- Tenho o direito de confiar naqueles que ganharam a
minha confiança.
36- tenho o direito de perdoar aos outros e a mim próprio.
37- Tenho o direito de dar e receber amor incondicional.

Não se fiquem por aqui. Essa nossa criança, esta pessoazinha
muito especial que nós somos e em que nos tornamos, tem
direito a muito mais do que viver apenas correspondendo ao
que é esperado dela. E sem esquecer os seus deveres,
continue:
38- Tenho o direito…
.
(A verde, trechos do livro: Curar a Criança Interior
-de Charles Whitfield.)

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