O que é a assertividade ?
Resumindo, a assertividade é a capacidade de estabelecer limites saudáveis nas nossas relações, respeitando o outro sem admitir ser desrespeitado.
Li este texto do JASTavares há algum tempo e achei-o claro e acessível. É longo, mas vale cada minuto do tempo dedicado a ele.
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I – COMPORTAMENTO PASSIVO, AGRESSIVO E ASSERTIVO: NOÇÕES GERAIS
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1. O COMPORTAMENTO PASSIVO caracteriza-se pela VIOLAÇÄO DOS DIREITOS DO PRÓPRIO, QUER QUANDO NÄO EXPRESSAMOS OS NOSSOS PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E OPINIÖES DE FORMA CLARA, PERMITINDO QUE OS OUTROS DOMINEM A SITUAÇÄO, QUER QUANDO EXPRESSAMOS OS NOSSOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS DE FORMA TÄO APOLOGÉTICA, SUBMISSA OU AUTO DEPRECIATIVA, QUE OS OUTROS PODEM FACILMENTE ENTRAR EM DESACORDO CONNOSCO E ATÉ MESMO HUMILHAR-NOS.
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1. O COMPORTAMENTO PASSIVO caracteriza-se pela VIOLAÇÄO DOS DIREITOS DO PRÓPRIO, QUER QUANDO NÄO EXPRESSAMOS OS NOSSOS PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E OPINIÖES DE FORMA CLARA, PERMITINDO QUE OS OUTROS DOMINEM A SITUAÇÄO, QUER QUANDO EXPRESSAMOS OS NOSSOS PENSAMENTOS E SENTIMENTOS DE FORMA TÄO APOLOGÉTICA, SUBMISSA OU AUTO DEPRECIATIVA, QUE OS OUTROS PODEM FACILMENTE ENTRAR EM DESACORDO CONNOSCO E ATÉ MESMO HUMILHAR-NOS.
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Quando nos exprimimos desta forma, estamos implicitamente a adoptar uma atitude de deferência, agindo de forma subserviente, como se a outra pessoa fosse detentora da razão ou superior pelo simples facto de ser mais velha ou vivida, ou por ser doutro sexo ou raça.
A mensagem envolvida é: "EU NÄO CONTO, PODEM APROVEITAR-SE DA SITUAÇÄO. OS MEUS SENTIMENTOS NÄO SÄO IMPORTANTES, APENAS OS VOSSOS. OS MEUS PENSAMENTOS SÄO INSIGNIFICANTES, OS VOSSOS SÄO OS UNICOS QUE VALE A PENA TER EM CONTA. EU NÄO SOU NINGUÉM, VOCÊS SÄO SUPERIORES."
A mensagem envolvida é: "EU NÄO CONTO, PODEM APROVEITAR-SE DA SITUAÇÄO. OS MEUS SENTIMENTOS NÄO SÄO IMPORTANTES, APENAS OS VOSSOS. OS MEUS PENSAMENTOS SÄO INSIGNIFICANTES, OS VOSSOS SÄO OS UNICOS QUE VALE A PENA TER EM CONTA. EU NÄO SOU NINGUÉM, VOCÊS SÄO SUPERIORES."
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Este comportamento revela falta de respeito pelas necessidades e direitos do próprio, mas também uma falta de respeito subtil pela capacidade do outro de assumir responsabilidades, ultrapassar decepções, resolver os seus próprios problemas, etc.
O objectivo básico da atitude passiva é apaziguar e agradar aos outros, evitando conflitos a todo o custo.
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Este comportamento revela falta de respeito pelas necessidades e direitos do próprio, mas também uma falta de respeito subtil pela capacidade do outro de assumir responsabilidades, ultrapassar decepções, resolver os seus próprios problemas, etc.
O objectivo básico da atitude passiva é apaziguar e agradar aos outros, evitando conflitos a todo o custo.
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2) O COMPORTAMENTO AGRESSIVO caracteriza-se pela DEFESA FRONTAL DOS DIREITOS DO PRÓPRIO E PELA EXPRESSÄO DE PENSAMENTOS, SENTIMENTOS E OPINIÖES DE FORMA PREDOMINANTEMENTE DESONESTA, GERALMENTE INAPROPRIADA E QUE, EM TODAS AS CIRCUNSTÂNCIAS, VIOLA OS DIREITOS DOS OUTROS.
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Um exemplo de agressividade emocionalmente desonesta, é a situação do indivíduo que face ao sofrimento de alguém com a morte dum familiar próximo, sarcasticamente denigre esta pessoa: "OLHA LÁ, PARECES UMA MARIA MADALENA" - em lugar de exprimir a sua própria tristeza.
O objectivo usual da agressividade é dominar e vencer, forçando a outra pessoa a perder. Vencer é conseguido humilhando, denegrindo, subestimando as outras pessoas, de forma que se sintam mais fracas e menos capazes de se expressarem e defenderem as suas necessidades e direitos.
A mensagem básica envolvida é: "ISTO É O QUE EU PENSO, VOCÊS SÃO ESTÚPIDOS POR ACREDITAREM EM QUALQUER COISA DIFERENTE. ISTO É O QUE EU QUERO, O QUE VOCÊS QUEREM NÃO É IMPORTANTE. ISTO É O QUE EU SINTO, OS VOSSOS SENTIMENTOS NÃO CONTAM."
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O objectivo usual da agressividade é dominar e vencer, forçando a outra pessoa a perder. Vencer é conseguido humilhando, denegrindo, subestimando as outras pessoas, de forma que se sintam mais fracas e menos capazes de se expressarem e defenderem as suas necessidades e direitos.
A mensagem básica envolvida é: "ISTO É O QUE EU PENSO, VOCÊS SÃO ESTÚPIDOS POR ACREDITAREM EM QUALQUER COISA DIFERENTE. ISTO É O QUE EU QUERO, O QUE VOCÊS QUEREM NÃO É IMPORTANTE. ISTO É O QUE EU SINTO, OS VOSSOS SENTIMENTOS NÃO CONTAM."
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3) O COMPORTAMENTO ASSERTIVO caracteriza-se pela DEFESA DOS DIREITOS DO PRÓPRIO E PELA EXPRESSÄO DE SENTIMENTOS E OPINIÖES DE FORMA DIRECTA E HONESTA, ADEQUADA à SITUAÇÄO, E SEM VIOLAR OS DIREITOS DOS OUTROS.
A mensagem básica envolvida no comportamento assertivo é: "ISTO É O QUE EU PENSO, ISTO É O QUE EU SINTO, ESTA É A FORMA COMO EU ENCARO A SITUAÇÄO." No fundo é uma mensagem que revela "quem a pessoa é", e que é emitida sem pretender dominar, humilhar ou denegrir a(s) pessoa(s) a quem se dirige.
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A mensagem básica envolvida no comportamento assertivo é: "ISTO É O QUE EU PENSO, ISTO É O QUE EU SINTO, ESTA É A FORMA COMO EU ENCARO A SITUAÇÄO." No fundo é uma mensagem que revela "quem a pessoa é", e que é emitida sem pretender dominar, humilhar ou denegrir a(s) pessoa(s) a quem se dirige.
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Na asserção estão envolvidos dois tipos de respeito: o respeito pelo próprio, na medida em que se expressam as próprias necessidades ou se defende os próprios direitos, e o respeito pelas necessidades e direitos dos outros. Um exemplo ilustrará e clarificará estes dois tipos de respeito envolvidos na asserção a que nos referimos:
"Uma senhora tenta desesperadamente arranjar lugar num voo para ir visitar a mãe que está no hospital. A fila no balcão de reservas é longa. Aproxima-se de um senhor que aguarda a sua vez no início da fila e diz-lhe, apontando para o seu lugar:
"MEU CARO SENHOR, IMPORTA-SE DE TROCAR DE LUGAR COMIGO? NÄO LHE FARIA UM PEDIDO DESTA NATUREZA SE NÄO FOSSE TÄO URGENTE, POR MOTIVOS FAMILIARES, QUE EU CHEGUE HOJE MESMO AO PORTO..." O senhor, depois de a olhar atentamente, acena que sim. No final ambos acabam por conseguir lugar nesse voo.
"Uma senhora tenta desesperadamente arranjar lugar num voo para ir visitar a mãe que está no hospital. A fila no balcão de reservas é longa. Aproxima-se de um senhor que aguarda a sua vez no início da fila e diz-lhe, apontando para o seu lugar:
"MEU CARO SENHOR, IMPORTA-SE DE TROCAR DE LUGAR COMIGO? NÄO LHE FARIA UM PEDIDO DESTA NATUREZA SE NÄO FOSSE TÄO URGENTE, POR MOTIVOS FAMILIARES, QUE EU CHEGUE HOJE MESMO AO PORTO..." O senhor, depois de a olhar atentamente, acena que sim. No final ambos acabam por conseguir lugar nesse voo.
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Pergunta-se à mulher qual teria sido a sua reacção se o homem tivesse recusado. "TUDO BEM. EU TINHA ESPERANÇAS DE QUE ELE ME DISSESSE QUE SIM, MAS PARA TODOS OS EFEITOS ELE ESTAVA PRIMEIRO QUE EU NA FILA."
Neste exemplo a senhora demonstrou auto-respeito pelas suas próprias necessidades ao perguntar ao senhor se está disposto a ajudá-la e trocar de lugar com ela; igualmente mostra respeito pelo direito que ele tinha de recusar o seu pedido e não a ajudar.
Neste exemplo a senhora demonstrou auto-respeito pelas suas próprias necessidades ao perguntar ao senhor se está disposto a ajudá-la e trocar de lugar com ela; igualmente mostra respeito pelo direito que ele tinha de recusar o seu pedido e não a ajudar.
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Mas, perguntar-se-á, como pode o respeito pelo próprio e pelos outros estar presente na recusa de um pedido? Tal depende em grande parte da forma como a recusa ao pedido for feita. Um pedido pode ser recusado de forma agressiva:
"QUE IDEIA É ESSA DE TROCAR DE LUGAR? TEM UM DESCARAMENTO!". Este tipo de recusa envolve respeito num só sentido, isto é, respeito pelo direito do próprio recusar, mas não respeita o direito do outro pedir.
Mas, perguntar-se-á, como pode o respeito pelo próprio e pelos outros estar presente na recusa de um pedido? Tal depende em grande parte da forma como a recusa ao pedido for feita. Um pedido pode ser recusado de forma agressiva:
"QUE IDEIA É ESSA DE TROCAR DE LUGAR? TEM UM DESCARAMENTO!". Este tipo de recusa envolve respeito num só sentido, isto é, respeito pelo direito do próprio recusar, mas não respeita o direito do outro pedir.
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Um pedido também pode ser recusado de forma passiva: "COMO É QUE LHE HEI-DE EXPLICAR... SINTO-ME HORRIVEL MAS NÄO LHE POSSO DAR O LUGAR...". Neste caso, a pessoa recusa o pedido mas fá-lo de forma que denota falta de auto respeito: sugere que o próprio é uma pessoa horrível, que nunca deveria recusar o pedido que lhe foi feito. Além disso, a recusa passiva também não respeita o direito que a outra pessoa tem de ser tratada como alguém capaz de lidar com a decepção.
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Um pedido também pode ser recusado de forma passiva: "COMO É QUE LHE HEI-DE EXPLICAR... SINTO-ME HORRIVEL MAS NÄO LHE POSSO DAR O LUGAR...". Neste caso, a pessoa recusa o pedido mas fá-lo de forma que denota falta de auto respeito: sugere que o próprio é uma pessoa horrível, que nunca deveria recusar o pedido que lhe foi feito. Além disso, a recusa passiva também não respeita o direito que a outra pessoa tem de ser tratada como alguém capaz de lidar com a decepção.
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Em contraste, uma recusa assertiva seria feita nos seguintes moldes:
"GOSTARIA DE A PODER AJUDAR, MAS REALMENTE TAMBÉM NECESSITO MUITO DE CHEGAR HOJE". A recusa assertiva demonstra os dois tipos de respeito: auto-respeito, na forma auto-confiante como a recusa é feita, e respeito pelo direito da outra pessoa fazer o pedido.
Os objectivos da asserção são uma boa comunicação e a mutualidade, isto é, ser respeitado e respeitar, pedir com "fair play" (sensibilidade e bom senso) e elegância, deixando espaço para uma solução de compromisso quando as necessidades e direitos de ambas as partes entram em conflito. Nas situações de compromisso, por definição nenhuma das pessoas sacrifica a sua integridade básica e ambas vêem algumas das suas necessidades satisfeitas. O compromisso pode assumir a forma duma solução em que uma das pessoas vê as suas necessidades imediatamente satisfeitas enquanto que a outra terá as suas um pouco mais tarde – um casal chega a um compromisso deste tipo, acordando que num fim-de-semana vai ao cinema e no seguinte vai dançar. O compromisso também se pode traduzir no facto de ambas as pessoas cederem um pouco – os dois amigos concordam que nessa noite vão ao cinema e depois vão dançar.
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"GOSTARIA DE A PODER AJUDAR, MAS REALMENTE TAMBÉM NECESSITO MUITO DE CHEGAR HOJE". A recusa assertiva demonstra os dois tipos de respeito: auto-respeito, na forma auto-confiante como a recusa é feita, e respeito pelo direito da outra pessoa fazer o pedido.
Os objectivos da asserção são uma boa comunicação e a mutualidade, isto é, ser respeitado e respeitar, pedir com "fair play" (sensibilidade e bom senso) e elegância, deixando espaço para uma solução de compromisso quando as necessidades e direitos de ambas as partes entram em conflito. Nas situações de compromisso, por definição nenhuma das pessoas sacrifica a sua integridade básica e ambas vêem algumas das suas necessidades satisfeitas. O compromisso pode assumir a forma duma solução em que uma das pessoas vê as suas necessidades imediatamente satisfeitas enquanto que a outra terá as suas um pouco mais tarde – um casal chega a um compromisso deste tipo, acordando que num fim-de-semana vai ao cinema e no seguinte vai dançar. O compromisso também se pode traduzir no facto de ambas as pessoas cederem um pouco – os dois amigos concordam que nessa noite vão ao cinema e depois vão dançar.
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II – COMPONENTES NÄO VERBAIS DO COMPORTAMENTO PASSIVO, AGRESSIVO E ASSERTIVO
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As componentes não verbais dos comportamentos passivo, agressivo e assertivo são tão importantes, ou mesmo mais, do que os componentes verbais que temos vindo a discutir. As investigações feitas têm provado que a maior parte da comunicação que efectuamos é levada a cabo de forma não verbal. Pense por uns instantes como a frase "Gosto imenso de ti" pode ser dita de maneira sincera, ou como um comentário sarcástico... simplesmente através da modificação de aspectos como a entoação vocal, a expressão facial e os gestos. Da mesma forma, uma frase assertiva do ponto de vista verbal, pode resultar numa afirmação passiva ou agressiva devido aos componentes não verbais que acompanham a afirmação.
As componentes não verbais dos comportamentos passivo, agressivo e assertivo são tão importantes, ou mesmo mais, do que os componentes verbais que temos vindo a discutir. As investigações feitas têm provado que a maior parte da comunicação que efectuamos é levada a cabo de forma não verbal. Pense por uns instantes como a frase "Gosto imenso de ti" pode ser dita de maneira sincera, ou como um comentário sarcástico... simplesmente através da modificação de aspectos como a entoação vocal, a expressão facial e os gestos. Da mesma forma, uma frase assertiva do ponto de vista verbal, pode resultar numa afirmação passiva ou agressiva devido aos componentes não verbais que acompanham a afirmação.
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Os componentes não verbais mais característicos do COMPORTAMENTO PASSIVO são: contacto visual evasivo e expressões faciais, que podem ir desde o erguer as sobrancelhas ao riso e piscar de olhos; gestos tais como torcer as mãos, agarrar a outra pessoa ou afastar-se dela, curvar os ombros, tapar a boca com a mão, ou, duma maneira geral, gestos nervosos que distraem o ouvinte do que o emissor está a dizer; postura corporal rígida; o tom de voz pode ser melífluo ou suave e o padrão de discurso é geralmente hesitante e cheio de pausas. Em geral, os componentes não verbais da atitude passiva exprimem fraqueza, ansiedade, desculpa ou auto-denegrição. Reduzem o impacto do que está a ser dito verbalmente, razão esta, precisamente, pela qual as pessoas que temem agir assertivamente os usam. O seu objectivo é suavizar o que está a ser dito de forma a evitar qualquer conflito com as outras pessoas.
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Os componentes não verbais mais característicos do COMPORTAMENTO PASSIVO são: contacto visual evasivo e expressões faciais, que podem ir desde o erguer as sobrancelhas ao riso e piscar de olhos; gestos tais como torcer as mãos, agarrar a outra pessoa ou afastar-se dela, curvar os ombros, tapar a boca com a mão, ou, duma maneira geral, gestos nervosos que distraem o ouvinte do que o emissor está a dizer; postura corporal rígida; o tom de voz pode ser melífluo ou suave e o padrão de discurso é geralmente hesitante e cheio de pausas. Em geral, os componentes não verbais da atitude passiva exprimem fraqueza, ansiedade, desculpa ou auto-denegrição. Reduzem o impacto do que está a ser dito verbalmente, razão esta, precisamente, pela qual as pessoas que temem agir assertivamente os usam. O seu objectivo é suavizar o que está a ser dito de forma a evitar qualquer conflito com as outras pessoas.
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No COMPORTAMENTO AGRESSIVO os componentes não verbais vão no sentido de dominar ou contradizer a outra pessoa. Incluem contacto visual "de alto para baixo", abrir os olhos e fixar o olhar de forma ameaçadora, levantar a voz e gritar ou falar num tom de voz sarcástico ou condescendente, e outros gestos paternalistas como apontar o indicador, etc. etc.
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No COMPORTAMENTO ASSERTIVO os componentes não verbais são congruentes com a mensagem verbal e dão-lhe suporte, força e ênfase: a voz deve ser apropriadamente alta ou baixa; o contacto visual deve ser firme mas não um olhar "parado, de alto"; devem ser usados gestos corporais que denotem convicção; o padrão de discurso deve ser fluente, sem hesitações estranhas – expressivo, claro e enfático nas palavras-chave.
Os indivíduos podem exibir, para além dos referidos, outros comportamentos não verbais igualmente importantes.
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Os indivíduos podem exibir, para além dos referidos, outros comportamentos não verbais igualmente importantes.
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III – EXEMPLOS DE COMPORTAMENTOS PASSIVOS, AGRESSIVOS E ASSERTIVOS
Em cada exemplo que se segue a primeira resposta é passiva, a segunda é agressiva e a terceira é assertiva.
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Em cada exemplo que se segue a primeira resposta é passiva, a segunda é agressiva e a terceira é assertiva.
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A) CONFRONTAR UM CHEFE QUE PEDE UM TRABALHO DESPROPOSITADO E EXCESSIVO.
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1."Está bem eu faço o trabalho... Imagino que lá terá as suas razões para me pedir que o faça, mesmo não se relacionando com a área que me foi atribuída. Suponho que não admite a possibilidade de me dispensar desta vez?...
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1."Está bem eu faço o trabalho... Imagino que lá terá as suas razões para me pedir que o faça, mesmo não se relacionando com a área que me foi atribuída. Suponho que não admite a possibilidade de me dispensar desta vez?...
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2."O chefe tem muito desplante em me pedir este tipo de trabalho! Eu sei que o senhor tem autoridade e poder sobre mim, mas não estou para aceitar isto. Vocês, os chefes, pensam que podem utilizar os funcionários para tudo quanto vos dá jeito. Pois desta vez não!"
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3."Chefe, quando o senhor me pede para fazer trabalhos que não se relacionam com as minhas funções, isso obriga-me a trabalhar muitas horas extra para além do meu horário normal. Por estas razões, quero informá-lo de que não farei este trabalho. Sei que me compreenderá”.
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B) RESPONDER A ALGUÉM QUE ACABOU DE FAZER UM COMENTÁRIO SEXISTA.
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B) RESPONDER A ALGUÉM QUE ACABOU DE FAZER UM COMENTÁRIO SEXISTA.
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1."Vá lá... você sabe que me irrita quando diz coisas dessas..."
2."Quem é que você pensa que é? Um garanhão?”
3."Francamente acho que esse comentário é humilhante para ambos”.
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C) RECUSAR REPETIR NUM JANTAR EM CASA DE AMIGOS
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2."Quem é que você pensa que é? Um garanhão?”
3."Francamente acho que esse comentário é humilhante para ambos”.
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C) RECUSAR REPETIR NUM JANTAR EM CASA DE AMIGOS
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1."Meu deus...se insistes...mudo de ideias. Está bem, como mais um bocadinho."
2."Adoras ver-me engordar!"
3."A comida está óptima, mas não quero mais, obrigada."
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2."Adoras ver-me engordar!"
3."A comida está óptima, mas não quero mais, obrigada."
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IV-MOTIVOS PARA AGIR PASSIVAMENTE E CONSEQUÊNCIAS DESSA ACÇÄO
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1. O primeiro diz respeito à incapacidade de distinguir assertividade e agressividade, bem como passividade e boa educação. Muitos indivíduos confundem comportamentos assertivos com agressivos; a sua aprendizagem social leva-nos a equacionar qualquer demonstração de assertividade como agressividade e, desta forma, rotulam os seus próprios impulsos assertivos como perigosos e necessitando controle. Em particular, diz-se frequentemente às mulheres que o seu comportamento é agressivo e masculino quando, simplesmente, elas agem assertivamente.
Paralelamente, muitas pessoas agem passivamente com a convicção de que ao exibirem este tipo de comportamento estão a ser polidas e delicadas podem ter aprendido que não é correcto terminar uma conversa telefónica quando foi a outra pessoa a fazer a ligação, discordar de alguém mais velho, recusar uma bebida numa festa, concordar com um cumprimento, fazer um auto-elogio, etc.
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Paralelamente, muitas pessoas agem passivamente com a convicção de que ao exibirem este tipo de comportamento estão a ser polidas e delicadas podem ter aprendido que não é correcto terminar uma conversa telefónica quando foi a outra pessoa a fazer a ligação, discordar de alguém mais velho, recusar uma bebida numa festa, concordar com um cumprimento, fazer um auto-elogio, etc.
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2. Näo conhecer ou não aceitar os direitos pessoais, é uma segunda razão que leva as pessoas a agir passivamente. Por outras palavras, certos indivíduos não acreditam que têm o direito de manifestar as suas opiniões e de defender as suas necessidades e direitos. Muitas vezes crêem que não têm o direito de expressar determinado tipo de emoções como mágoa, zanga, desapontamento, afecto. Frequentemente não só acreditam que não devem expressar tais sentimentos como que nem sequer os deveriam ter.
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3. A ansiedade face a eventuais consequências negativas do comportamento assertivo é um terceiro motivo pelo qual muitas pessoas agem passivamente. Ao pensarem, especulativamente, no que poderá acontecer como resultado de exibirem um qualquer comportamento assertivo, sentem um tal nível de ansiedade que acabam por evitar este tipo de atitude e agir passivamente.
Vulgarmente, receiam perder a amizade ou aprovação das outras pessoas, que os outros as considerem disparatadas ou egoístas, que se zanguem ou as rejeitem; receiam também ferir os sentimentos dos outros ou prejudicar gravemente as suas vidas.
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Vulgarmente, receiam perder a amizade ou aprovação das outras pessoas, que os outros as considerem disparatadas ou egoístas, que se zanguem ou as rejeitem; receiam também ferir os sentimentos dos outros ou prejudicar gravemente as suas vidas.
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4. Confundir passividade com "ser útil" é outra causa da passividade.
Certas pessoas acreditam que, ao serem passivas, estão a ajudar os outros. Na realidade, estão sim a "salvar" alguém que não necessita de ajuda, sacrificando para tal as próprias necessidades.
Quando se ajuda genuinamente alguém, o comportamento desta pessoa modifica-se no sentido positivo e, a dado momento, deixa de necessitar de apoio.
Ao "salvarmos" alguém, acabamos por nos transformar em vítimas, e posteriormente assumir o papel de juízes, enquanto que a pessoa que recebe esse apoio continua a agir da mesma forma. Vejamos um exemplo que clarifica o que acabamos de expor:
"Um homem, viciado no jogo, ao longo de anos pede dinheiro emprestado à irmã, até lhe dever uma grande quantia. A sua situação é cada vez mais dramática: as dívidas de jogo põem-no em risco de ser preso, a menos que...a irmã lhe empreste mais dinheiro. A irmã aos poucos transforma-se numa vítima: sente-se usada, sem saída, acaba por ter problemas conjugais e dificuldades económicas como resultado da "ajuda" que dá ao irmão. Ocasionalmente, sente-se saturada e transforma-se no "juiz" do irmão, atacando-o agressivamente pelo seu comportamento. No entanto, sempre que ele lhe torna a pedir "ajuda" ela "salva-o" novamente. O ciclo vicioso perpetua-se."
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Certas pessoas acreditam que, ao serem passivas, estão a ajudar os outros. Na realidade, estão sim a "salvar" alguém que não necessita de ajuda, sacrificando para tal as próprias necessidades.
Quando se ajuda genuinamente alguém, o comportamento desta pessoa modifica-se no sentido positivo e, a dado momento, deixa de necessitar de apoio.
Ao "salvarmos" alguém, acabamos por nos transformar em vítimas, e posteriormente assumir o papel de juízes, enquanto que a pessoa que recebe esse apoio continua a agir da mesma forma. Vejamos um exemplo que clarifica o que acabamos de expor:
"Um homem, viciado no jogo, ao longo de anos pede dinheiro emprestado à irmã, até lhe dever uma grande quantia. A sua situação é cada vez mais dramática: as dívidas de jogo põem-no em risco de ser preso, a menos que...a irmã lhe empreste mais dinheiro. A irmã aos poucos transforma-se numa vítima: sente-se usada, sem saída, acaba por ter problemas conjugais e dificuldades económicas como resultado da "ajuda" que dá ao irmão. Ocasionalmente, sente-se saturada e transforma-se no "juiz" do irmão, atacando-o agressivamente pelo seu comportamento. No entanto, sempre que ele lhe torna a pedir "ajuda" ela "salva-o" novamente. O ciclo vicioso perpetua-se."
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5. Défice de aptidões. Uma última razão de ser da passividade é simplesmente o facto de certas pessoas não saberem agir de outra forma. Ao longo do seu desenvolvimento não lhes ensinaram aptidões assertivas ou não tiveram oportunidade de observar exemplos marcadamente assertivos. É o caso, por exemplo, de adultos que em crianças raramente iam a restaurantes e que podem, simplesmente, não ter aprendido a recusar um prato mal confeccionado ou a chamar a atenção para um engano no troco, etc.
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Duma forma geral, o objectivo de quem age passivamente é agradar aos outros e evitar o conflito a todo o custo. Mesmo quando a passividade tem por custo a integridade pessoal, as suas consequências imediatas podem ser muito gratificantes para a pessoa em causa: esta atitude permite-lhe evitar ou fugir aos conflitos geradores de ansiedade. Por exemplo, mesmo quando os comportamentos passivos dum homem são encarados pelos outros como "femininos", esta punição pode não ser suficientemente forte para contrabalançar o alívio de tensão que ele sente quando evita potenciais conflitos, agindo passivamente. E por isso continua a optar por este tipo de comportamentos.
Para além disso, os indivíduos são encorajados a serem passivos: recebem frequentemente elogios pela sua generosidade ou feminilidade, por serem tão bons amigos, filhos ou estudantes e por serem tão calmos, subservientes e agradáveis, não causando problemas a ninguém.
Duma forma geral, o objectivo de quem age passivamente é agradar aos outros e evitar o conflito a todo o custo. Mesmo quando a passividade tem por custo a integridade pessoal, as suas consequências imediatas podem ser muito gratificantes para a pessoa em causa: esta atitude permite-lhe evitar ou fugir aos conflitos geradores de ansiedade. Por exemplo, mesmo quando os comportamentos passivos dum homem são encarados pelos outros como "femininos", esta punição pode não ser suficientemente forte para contrabalançar o alívio de tensão que ele sente quando evita potenciais conflitos, agindo passivamente. E por isso continua a optar por este tipo de comportamentos.
Para além disso, os indivíduos são encorajados a serem passivos: recebem frequentemente elogios pela sua generosidade ou feminilidade, por serem tão bons amigos, filhos ou estudantes e por serem tão calmos, subservientes e agradáveis, não causando problemas a ninguém.
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A longo prazo, no entanto, uma pessoa que é frequentemente passiva sente a sua auto-estima progressivamente mais baixa e sentimentos de mágoa e zanga cada vez mais intensos. O resultado é então uma maior tensão interna.
Quando esta tensão é sistematicamente reprimida, porque o individuo continua a agir passivamente, podem desenvolver-se problemas somáticos tais como dores de cabeça, perturbações gastrointestinais, e por vezes até mesmo depressões. Por outro lado, certas pessoas interessadas em desenvolver relacionamentos íntimos caracterizados pela expressão honesta de pensamentos e emoções, podem afastar-se ou nem sequer iniciar uma relação com alguém passivo. Outras pessoas, com sentimentos de culpa por, inadvertidamente, se utilizarem da passividade de alguém, podem acabar por se afastar de indivíduos passivos. Por ultimo, embora inicialmente se possa ter pena da pessoa passiva, essa pena normalmente acaba por se transformar em irritação e, finalmente, em desprezo e falta de respeito.
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A longo prazo, no entanto, uma pessoa que é frequentemente passiva sente a sua auto-estima progressivamente mais baixa e sentimentos de mágoa e zanga cada vez mais intensos. O resultado é então uma maior tensão interna.
Quando esta tensão é sistematicamente reprimida, porque o individuo continua a agir passivamente, podem desenvolver-se problemas somáticos tais como dores de cabeça, perturbações gastrointestinais, e por vezes até mesmo depressões. Por outro lado, certas pessoas interessadas em desenvolver relacionamentos íntimos caracterizados pela expressão honesta de pensamentos e emoções, podem afastar-se ou nem sequer iniciar uma relação com alguém passivo. Outras pessoas, com sentimentos de culpa por, inadvertidamente, se utilizarem da passividade de alguém, podem acabar por se afastar de indivíduos passivos. Por ultimo, embora inicialmente se possa ter pena da pessoa passiva, essa pena normalmente acaba por se transformar em irritação e, finalmente, em desprezo e falta de respeito.
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V-MOTIVOS PARA AGIR AGRESSIVAMENTE E CONSEQUÊNCIAS DESSA ACÇÄO
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Existem muitas formas de pensar, sentir e agir que dão origem ao comportamento agressivo. Vejamos agora 5 padrões de tipo comportamental associados à agressividade:
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1. Fraqueza e ameaça: Uma das causas mais comuns da agressividade é o sentimento de vulnerabilidade tido por alguns indivíduos face a um ataque feito por outrem ou à antecipação deste. A reacção excessivamente agressiva resultante é motivada pela sensação de ameaça e fraqueza.
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2. Passividade anterior: Pode parecer surpreendente, mas uma das principais causas do comportamento agressivo é a passividade anterior da pessoa.
As formas subtis como a agressividade se relaciona com a passividade merecem ser analisadas em detalhe.
A agressividade pode surgir numa pessoa que durante muito tempo foi passiva, permitindo que os seus direitos e sentimentos fossem desrespeitados.
Como resultado, a pessoa vai acumulando sentimentos de mágoa e zanga até ao momento em que se sente com direito de expressar essas emoções e defender agressivamente os seus direitos.
As formas subtis como a agressividade se relaciona com a passividade merecem ser analisadas em detalhe.
A agressividade pode surgir numa pessoa que durante muito tempo foi passiva, permitindo que os seus direitos e sentimentos fossem desrespeitados.
Como resultado, a pessoa vai acumulando sentimentos de mágoa e zanga até ao momento em que se sente com direito de expressar essas emoções e defender agressivamente os seus direitos.
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Noutros casos, o individuo permite, por passividade, que os seus direitos sejam desrespeitados, de que resulta um crescendo de mal entendidos. A dado momento explode e exprime os seus sentimentos agressivamente, esperando que a outra pessoa se sinta culpada e se torne submissa. Em vez de solicitar directamente afecto ou deliberadamente mostrar a sua vulnerabilidade, o que incentivaria o relacionamento interpessoal íntimo, a pessoa utiliza a agressividade como uma espécie de instrumento de manipulação da intimidade emocional.
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Noutros casos, o individuo permite, por passividade, que os seus direitos sejam desrespeitados, de que resulta um crescendo de mal entendidos. A dado momento explode e exprime os seus sentimentos agressivamente, esperando que a outra pessoa se sinta culpada e se torne submissa. Em vez de solicitar directamente afecto ou deliberadamente mostrar a sua vulnerabilidade, o que incentivaria o relacionamento interpessoal íntimo, a pessoa utiliza a agressividade como uma espécie de instrumento de manipulação da intimidade emocional.
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Noutras ocasiões as pessoas reagem agressivamente como forma de evitar a passividade . Por exemplo, quando um indivíduo recusa um convite repetidas vezes e receia ceder se lho fizerem novamente, então assume uma atitude de recusa agressiva para evitar ser passivo.
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Outra relação subtil entre a agressividade e a passividade, observa-se em indivíduos que agem passivamente face a pessoas de maior estatuto e poder e que no entanto se exprimem agressivamente com as de estatuto inferior.
Por último, agressividade e passividade relacionam-se na medida em que ambas envolvem a negação de direitos pessoais.
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Outra relação subtil entre a agressividade e a passividade, observa-se em indivíduos que agem passivamente face a pessoas de maior estatuto e poder e que no entanto se exprimem agressivamente com as de estatuto inferior.
Por último, agressividade e passividade relacionam-se na medida em que ambas envolvem a negação de direitos pessoais.
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3. Reacção exagerada devida a experiências emocionais passadas: A agressividade pode decorrer duma reacção exagerada da pessoa à situação corrente, devida a uma qualquer experiência emocional passada, não resolvida. A pessoa reage emocionalmente à situação presente como se esta estivesse ligada à experiência passada ou a alguém importante nela envolvido. É o que o caso seguinte pretende ilustrar: "Numa reunião com o marido e um casal amigo, uma mulher tenta explicar a necessidade duma maior defesa da igualdade de direitos e oportunidades entre sexos. O marido, casualmente, pergunta-lhe o porquê de tal necessidade se esses assuntos já estão consignados na Constituição. A mulher, reagindo exageradamente, começa a criticar o marido pela sua oposição ridícula, etc. Mais tarde, ao pensar na sua reacção, apercebe-se de que sentiu a mesma fraqueza e vulnerabilidade que sentia na adolescência quando discutia com o seu inflexível pai sobre religião, racismo, etc.".
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4. Crenças sobre a agressividade: a agressividade pode também resultar da crença de que é a única forma de comunicar com os outros. Por exemplo, nos anos 60 quando os estudantes universitários desafiavam a administração e deparavam com uma total barreira às suas reivindicações, frequentemente acabavam por adoptar uma atitude agressiva. Uma outra crença relacionada com esta é a de que o mundo é hostil e que para sobreviver é necessário ser permanentemente agressivo.
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5. Reforço de aptidões deficitárias: uma outra causa da agressividade é simplesmente o facto de que algumas pessoas foram estimuladas a exibirem esse tipo de comportamentos, não tendo aprendido as aptidões assertivas necessárias e adequadas às diversas situações com que se defrontam.
Como se sabe, o nosso comportamento é mais facilmente influenciado pelas suas consequências imediatas. E as consequências mais imediatas do comportamento agressivo são positivas, enquanto que as a longo prazo são negativas. Os resultados positivos imediatos do comportamento agressivo incluem alívio emocional, obtenção de alguns objectivos e satisfação de necessidades sem experimentar directamente as reacções negativas dos outros. As consequências negativas a longo prazo incluem a perda ou impossibilidade de estabelecer relacionamentos íntimos e a sensação de que é necessário estar permanentemente alerta contra os ataques dos outros.
Como se sabe, o nosso comportamento é mais facilmente influenciado pelas suas consequências imediatas. E as consequências mais imediatas do comportamento agressivo são positivas, enquanto que as a longo prazo são negativas. Os resultados positivos imediatos do comportamento agressivo incluem alívio emocional, obtenção de alguns objectivos e satisfação de necessidades sem experimentar directamente as reacções negativas dos outros. As consequências negativas a longo prazo incluem a perda ou impossibilidade de estabelecer relacionamentos íntimos e a sensação de que é necessário estar permanentemente alerta contra os ataques dos outros.
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O comportamento eminentemente agressivo pode eventualmente levar os indivíduos a perder os seus empregos ou promoções, elevar a tensão arterial, alienar-se dos seus filhos, companheiros e amigos, envolver-se em lutas ou ter problemas com as várias formas de autoridade. Dadas estas consequências negativas, as pessoas frequentemente agressivas podem sentir-se incompreendidas, mal amadas, rejeitadas... Paralelamente, quando uma pessoa é agressiva, os outros podem retaliá-la directa ou indirectamente das mais diversas formas, consoante as circunstâncias: trabalhando mais devagar, fazendo erros deliberados, agindo de forma subtilmente irritante, ou sendo auto-destrutivos numa tentativa de fazer o agressor sentir-se culpado.
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As pessoas, que geralmente são passivas e que agem episodicamente de forma agressiva, podem-se sentir imediatamente culpabilizadas, envergonhadas ou embaraçadas. Estes sentimentos levam-nas geralmente a optar, daí em diante, pelo silêncio pois sentem que facilmente ficam fora de controlo quando exprimem os seus sentimentos. Infelizmente esta decisão não as ajuda e apenas perpetua o ciclo vicioso em que interagem longos períodos de passividade com episódicas explosões de agressividade.
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As pessoas que são vítimas da agressividade de outras podem experimentar vários efeitos negativos, tais como baixa da moral familiar, perda de iniciativa e criatividade no trabalho, etc. Os filhos de pais agressivos podem sofrer de diversas formas: o filho de um pai agressivo que vê o mais importante modelo masculino da sua vida ferir as outras pessoas, pode sentir-se ambivalente face à sua própria masculinidade, acreditando que "ser homem" significa magoar os outros; uma mãe agressiva pode fazer com que o filho fique desconfiado, medroso ou hostil face às mulheres. O mesmo acontecerá com a filha dum pai ou duma mãe agressivos...
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VI-MOTIVOS PARA AGIR ASSERTIVAMENTE E CONSEQUÊNCIAS DESSA ACÇÄO
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1. AGIR ASSERTIVAMENTE EM VEZ DE PASSIVAMENTE
Como vimos, a principal razão pela qual agimos frequentemente de forma passiva é não querermos perder a aprovação dos outros. De certa forma é como acreditar que tal é imprescindível ao nosso bem-estar e satisfação pessoal.
Contudo, o comportamento passivo não nos garante obter a aprovação dos que nos rodeiam: os outros podem ter pena em vez de aprovarem quem exibe comportamentos passivos, e esta pena pode acabar por se transformar em irritação e finalmente em desprezo.
A principal razão para agir assertivamente é que esta forma de actuar aumenta a nossa própria auto-estima. Uma segunda razão reside no facto do comportamento assertivo eventualmente dar origem a uma maior auto-confiança, a qual pode diminuir a necessidade de aprovação por terceiros – uma vez que aumenta a auto-apreciação . Em terceiro lugar, embora por vezes os outros desaprovem o comportamento assertivo, geralmente respeitam e admiram aqueles que são responsavelmente assertivos, demonstram respeito por si próprios e pelos outros, têm coragem de defender os seus direitos, e lidam com os conflitos de forma directa e justa. Por último, o comportamento assertivo mais frequentemente do que o passivo – permite-nos satisfazer as nossas necessidades e ver respeitadas as nossas preferências.
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Como vimos, a principal razão pela qual agimos frequentemente de forma passiva é não querermos perder a aprovação dos outros. De certa forma é como acreditar que tal é imprescindível ao nosso bem-estar e satisfação pessoal.
Contudo, o comportamento passivo não nos garante obter a aprovação dos que nos rodeiam: os outros podem ter pena em vez de aprovarem quem exibe comportamentos passivos, e esta pena pode acabar por se transformar em irritação e finalmente em desprezo.
A principal razão para agir assertivamente é que esta forma de actuar aumenta a nossa própria auto-estima. Uma segunda razão reside no facto do comportamento assertivo eventualmente dar origem a uma maior auto-confiança, a qual pode diminuir a necessidade de aprovação por terceiros – uma vez que aumenta a auto-apreciação . Em terceiro lugar, embora por vezes os outros desaprovem o comportamento assertivo, geralmente respeitam e admiram aqueles que são responsavelmente assertivos, demonstram respeito por si próprios e pelos outros, têm coragem de defender os seus direitos, e lidam com os conflitos de forma directa e justa. Por último, o comportamento assertivo mais frequentemente do que o passivo – permite-nos satisfazer as nossas necessidades e ver respeitadas as nossas preferências.
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2. AGIR ASSERTIVAMENTE EM VEZ DE AGRESSIVAMENTE
O grande receio das pessoas frequentemente agressivas é, como vimos, tornarem-se vulneráveis e perderem o controle sobre os outros. É como acreditar que só se pode sobreviver se se for invulnerável e capaz de dominar as outras pessoas e que isso só é possível sendo agressivo, ou ainda, que a agressividade garante um controle satisfatório sobre os outros, quando afinal as pessoas, sob pressão, só aparentemente concordam com o agressor, acabando geralmente por sabotar o controle que este pretendeu exercer.
A principal razão para que uma pessoa aja assertivamente em vez de agressivamente, é que esta forma de actuar aumenta o seu próprio auto-controle.
Uma segunda razão, reside no facto de a asserção eventualmente resultar num aumento dos sentimentos de auto-confiança, o que por sua vez reduz a insegurança e vulnerabilidade. Em terceiro lugar, e muito importante, o comportamento assertivo, e não a agressividade, resulta em relações mais próximas e emocionalmente satisfatórias. Uma quarta razão é que, embora através do comportamento assertivo nem sempre consigamos alcançar os nossos objectivos e "vencer", a assertividade maximiza as probabilidades de que ambas as partes possam, pelo menos parcialmente, satisfazer as suas necessidades e atingir os seus objectivos.
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O grande receio das pessoas frequentemente agressivas é, como vimos, tornarem-se vulneráveis e perderem o controle sobre os outros. É como acreditar que só se pode sobreviver se se for invulnerável e capaz de dominar as outras pessoas e que isso só é possível sendo agressivo, ou ainda, que a agressividade garante um controle satisfatório sobre os outros, quando afinal as pessoas, sob pressão, só aparentemente concordam com o agressor, acabando geralmente por sabotar o controle que este pretendeu exercer.
A principal razão para que uma pessoa aja assertivamente em vez de agressivamente, é que esta forma de actuar aumenta o seu próprio auto-controle.
Uma segunda razão, reside no facto de a asserção eventualmente resultar num aumento dos sentimentos de auto-confiança, o que por sua vez reduz a insegurança e vulnerabilidade. Em terceiro lugar, e muito importante, o comportamento assertivo, e não a agressividade, resulta em relações mais próximas e emocionalmente satisfatórias. Uma quarta razão é que, embora através do comportamento assertivo nem sempre consigamos alcançar os nossos objectivos e "vencer", a assertividade maximiza as probabilidades de que ambas as partes possam, pelo menos parcialmente, satisfazer as suas necessidades e atingir os seus objectivos.
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In: LANGE, Arthur J. & JAKUBOWSKI, Patricia: "Responsible Assertive Behavior".
(Adaptado por JAS Tavares aqui)
(Adaptado por JAS Tavares aqui)
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Sendo assertivo, abandona-se o papel de vítima ou de vilão. O respeito passa a ser o sentimento que nos une ou nos distancia dos outros. Tanto faz. Nas nossas relações não deve ser necessário nem mais nem menos do que isso.
Se houver mais, celebremos então essa amizade ou esse amor.
Se houver menos, simplesmente não vale a pena...
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