terça-feira, 28 de junho de 2011

Amor combina com leveza. Livre-se do seu "peso morto"!

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 Rosana Braga 


Quantos quilos de peso morto você tem carregado? Há quanto tempo? Arrependimentos inúteis, raivas que não acabam nunca, lamentos pelo que não deu certo, vitimização, insistência na dor, resistência às mudanças... Argh! Isso pesa! E pesa muito! E é peso inútil. Não serve para absolutamente nada! Ou melhor, serve para te deixar mais lento, quando não parado! Serve para te fazer acreditar que a vida é realmente muito difícil e talvez até questionar se tudo isso vale mesmo a pena...

Claro que todos vivenciam frustrações, perdas, tristezas e dúvidas. Faz parte da dinâmica da vida e dos relacionamentos. Afinal, amar é um exercício de aprendizagem. É a partir do encontro com o outro que percebemos com maior clareza quem somos nós. Mas, acredite, o amor está muito mais para a leveza do que para as neuras desenfreadas e sem bom-senso.

Portanto, livre-se dos seus pesos inúteis o quanto antes! E se você não tem a menor ideia de por onde começar, sugiro que faça uma bela limpeza no seu guarda-roupas. Isso mesmo: abra as portas, ponha tudo para fora e comece a separar o que realmente gosta e usa, daquilo que vem guardando há anos sem nem sequer se lembrar que tem. Ou seja: não usa, talvez nem goste mais, mas continua a manter ali, a ocupar um espaço que poderia servir para arejar o ambiente -o que é essencial para manter as suas roupas mais perfumadas e organizadas.

O que é que isso tem a ver com o amor? Bem, estou a sugerir um exercício externo para que compreenda a importância e a dinâmica do que é preciso ser feito internamente. Além do que, convenhamos, a sensação de leveza e bem-estar que ganhamos ao revisitar e reorganizar os nossos armários tem, sem dúvida, tudo a ver com a sensação que sentimos quando nos livramos de sentimentos e auto-punições inúteis, velhas, ultrapassadas e que não nos têm ajudado em nada na busca pela felicidade e pelo amor que tanto merecemos!

Depois dessa limpeza externa, se continuar confuso quanto ao que é preciso, definitivamente, tirar de dentro de si, pegue em duas folhas de papel e numa caneta. Na primeira folha, escreva tudo o que reconhecer de bom em si. Seja generoso e abundante, sem ser prepotente, é claro! Seja também detalhista. Em vez de usar apenas adjectivos genéricos, tente fazer deste papel uma espécie de inventário sobre si, ou seja, personalizado. Resgate momentos marcantes de sua vida e anote como você foi admirável. O que fez? Como fez? Por exemplo: num relacionamento o outro cometeu um deslize e, ao pedir perdão, em vez de rebaixá-lo, mostrar-se superior ou responsabilizá-lo por tudo o que estava insatisfatório na relação... você conseguiu ouvir, ponderar, reflectir sobre a sua participação nessa insatisfação. Enfim, agiu como parceiro e não como inimigo.

Na segunda folha, escreva tudo o que conseguir admitir que não lhe serve mais. Talvez uma mágoa ressequida, uma desconfiança sem motivo real, uma excesso de crítica, crenças limitantes (do tipo "nenhum homem presta" ou "não existem mulheres sinceras"). Talvez o seu maior peso morto seja excesso de insegurança ou ansiedade, falta de auto-estima, enfim, desvalorização de quem você é e de tudo o que de bom existe em si. Escreva!

No fim, pegue a primeira folha com os seus predicados e guarde consigo. Sempre que se sentir incapaz de dar um passo adiante, recorra a ela e encontre as suas ferramentas internas. E quanto à outra folha com o peso morto, rasgue-a, destrua-a, acabe com ela! Jogue-a no lixo ou queime-a! 
E faça este exercício sempre que julgar necessário. Sempre que se sentir pesado demais para amar...

Certamente isto não vai acabar com todos os seus problemas, mas ajuda muito a nos deixar mais leves para encontrar soluções mais criativas e optimistas! Bom trabalho!


(fonte STUM)

6 comentários:

  1. Vou começar amanhã com os armários, vamos ver se consigo dar o passo seguinte. :))

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  2. Boa !
    Às vezes é preciso mais coragem para mexer nos guarda-roupas do que para mexer na desarrumação do coração... ;)

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  3. é verdade e eu ainda não tenho assim tanta coragem para remexer na minha estante...

    muitos abraços!
    jorge

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  4. :) Oh, as estantes, cheias de bocadinhos nossos...
    E de estatuetas foleiras a dizer "Estive em _______ e lembrei de você"... e de "Recuerdos de Ipacarai"... :)))

    abraço !

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  5. é verdade, precisamos de limpar, limpar, limpar, renovar, renovar, e às vzs remexer no que não queremos

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  6. Mexer no que não queremos pode ser porque dói, ou porque ainda achamos que podemos voltar a um tempo em que alguma coisa parecia perfeita, antes de o não ser mais.
    Mas já não somos os mesmos, tudo à nossa volta mudou, dores podem ser transformadas mas a única perfeição que podemos voltar a criar é a que começa aqui e agora.
    É tão importante aceitar que tudo muda e não adianta carregar fardos e fardos inúteis do que já foi ! -mas não é fácil... :)

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